
Carlos Matsinhe venceu a eleição com 11 votos contra seis de Apolinário João, dos 17 membros que compõem a CNE.
Os membros do órgão máximo de gestão eleitoral em Moçambique foram hoje empossados pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, depois de terem sido eleitos em dezembro pela Assembleia da República (AR).
Carlos Matsinhe é um dos sete membros da CNE indicados pela sociedade civil para este órgão, tendo sido proposto pelo Conselho Cristão de Moçambique (CCM).
Matsinhe substitui na liderança da CNE, Abdul Carimo, que não concorreu para mais um mandato à frente do órgão eleitoral.
Em declarações aos jornalistas, o novo presidente da CNE agradeceu a confiança depositada pelos seus colegas, manifestando disponibilidade para trabalhar em prol dos próximos pleitos eleitorais.
"Vou fazer tudo para orientar e guiar os processos eleitorais que se seguem, nomeadamente recenseamentos e respetivos atos eleitorais", declarou.
Dez dos 17 membros da CNE hoje empossados foram indicados pelos três partidos políticos com assento parlamentar.
As dez personalidades provenientes dos partidos políticos com assento parlamentar são: Carlos Alberto Cauio, Rodrigues Timba, Abílio da Conceição Lino, Eugênio Fernanda Chipene, António Focas Mauvilo, Fernando Mazanga, Maria Anastácio da Costa Xavier, Abílio Baessa da Fonseca, Alberto José Sabe e Bernabé Lucas Nkomo,
Dos 10, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, indicou cinco, a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, quatro, e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, um.
Além de Carlos Matsinhe, as organizações da sociedade civil indicaram: Alice Banze, Daúto Ussene Ikamuji, Paulo Cuinica, Salomão Moiane, Rui Manuel Cherene e Apolinário João.
A nova CNE tem a responsabilidade de fazer a supervisão do recenseamento e das eleições autárquicas de 2023 e do recenseamento e eleições gerais (presidenciais e provinciais) de 2024.
A oposição contestou todas as seis eleições gerais realizadas na história do multipartidarismo moçambicano, alegando fraude a favor da Frelimo, partido no poder.
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