Em 2018, a primeira edição da bienal foi inaugurada no Dia Internacional da Mulher, em 08 de março, mas este ano a epidemia de covid-19, que chegou ao território no final de janeiro, levou ao adiamento da abertura da segunda edição para 30 de setembro.

"A pandemia adiou a bienal e estragou a vida a todos nós", disse à Lusa o presidente da comissão organizadora, Carlos Marreiros, apontando que, apesar das restrições às viagens, não quiseram adiar esta segunda edição para o próximo ano.

"Temos algumas confirmações e algumas desistências, e temos muitas interrogações, porque as pessoas querem vir ao extremo oriente, mas as restrições [às viagens] são terríveis", explicou Carlos Marreiros, frisando, no entanto, estar "otimista".

"Neste momento, devido à pandemia, há obras que provavelmente não chegarão, por isso temos já obras connosco para assegurar uma exposição com muita qualidade", adiantou.

Esta segunda edição vai contar com a participação de 116 artistas de todo o mundo, "com uma presença forte da China e Portugal", e representação de todos os países de língua portuguesa.

O tema escolhido é "Natura", incluindo "o conceito de mãe natureza na tradição folclórica e etnográfica" e "as questões climáticas para a preservação da natureza", disse o presidente da comissão organizadora.

Cinco curadores asseguram a bienal deste ano: além de Carlos Marreiros, também Leonor Veiga, em Lisboa, Alice Kok e James Chu, de Macau, e Angela Li, da China.

Além das exposições, a bienal vai contar ainda com oficinas, palestras e ações de graffiti.

Lançada em 2018, a ArtFem "continua a ser a única bienal internacional no mundo exclusivamente dedicada a artistas no feminino", sublinhou Carlos Marreiros.

Paula Rego, que já tinha sido "madrinha" da primeira edição, em 2018 (na altura representada pela filha, Victoria Willing), vai continuar a ser "madrinha honorária" do evento, que este ano conta também com mais duas artistas plásticas a "amadrinhar" a edição, a escultora chinesa Xiang Jing e a artista Un Chi Iam, residente em Macau.

A inauguração vai ter lugar no dia 30 de setembro, com exposições no Albergue SCM, nas galerias do antigo estádio municipal, na Galeria Lisboa e na Fundação da Casa Oriente, na casa Garden.

A ArtFem - 2.ª bienal internacional de artistas mulheres de Macau vai estar patente entre 30 de setembro e 13 de dezembro.

Macau não tem atualmente nenhum caso ativo de covid-19 e não registou qualquer morte relacionada com a doença.

O último paciente diagnosticado com covid-19, o 46.º no território desde que o surto começou, registou-se em 25 de junho e recebeu alta hospitalar em 17 de julho.

Apesar disso, o território continua a vedar a entrada a estrangeiros não residentes.

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