"No seio da União Europeia (UE), farei o possível para que haja sanções contra aqueles que matam mulheres à pancada e abatem manifestantes em nome da religião", afirmou a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, na rede social Twitter.

O Irão intensificou na quinta-feira a pressão sobre celebridades e jornalistas para não encorajarem a vaga de manifestações desencadeadas pela morte de Mahsa Amini.

"Os 'bastões' e o gás lacrimogéneo não são uma expressão de poder, é medo puro a exprimir-se através da violência do sistema" iraniano, disse ainda a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, reclamando que "as autoridades iranianas acabem imediatamente com as suas ações brutais".

A ministra reclamou também que sejam esclarecidas as circunstâncias da morte de Mahsa Amini e de "numerosos manifestantes".

O movimento de protesto pela morte da jovem é o mais significativo no país desde 2019 e começou por causa da morte sob custódia da polícia de Mahsa Amini, de 22 anos, no dia 16 de setembro, após a sua detenção por incumprimento dos requisitos de vestuário obrigatório para mulheres.

De acordo com a agência de notícias iraniana Fars, "cerca de 60" pessoas morreram desde o início dos protestos, enquanto a organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, com sede na Noruega, contabiliza pelo menos 76 mortos.

APN // SCA

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