"Trabalhadores precários mas que as escolas sabem que precisam deles, então é preciso dar-lhes o contrato, a vinculação, para eles poderem ficar mesmo na escola, para as escolas saberem que os professores que têm agora podem tê-los até ao final do ano, se eles quiserem ficam vinculados", defendeu a líder do partido, Catarina Martins, durante uma visita à escola Secundária da Baixa da Banheira, concelho da Moita, Setúbal.

A coordenadora do BE defendeu, no arranque do novo ano letivo, que é necessário "acabar com os horários incompletos" dos professores, considerando que "horários incompletos são salários incompletos".

E criticou que os docentes sejam sujeitos a "dar aulas por salários mesmo de absoluta miséria", afirmando que "é preciso dar autonomia às escolas para encontrarem outras atividades que aqueles professores podem fazer" como "projetos educativos aliciantes" para completar o horário e, dessa forma, completar o salário.

Outra proposta do BE prende-se com os professores que estão deslocados, e prevê que "seja pago o custo que têm com essa deslocação".

"Os professores não conseguem pagar as viagens, não conseguem pagar a renda da casa", referiu Catarina Martins, alertando que "já era difícil antes, com este momento da inflação ainda pior".

"Estas três propostas urgentes podiam dar-nos um ano letivo um pouco mais calmo, com mais professores na escola", defendeu, indicando que estas propostas já deram entrada no parlamento e que o partido espera que sejam debatidas em breve, ainda antes da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2023, que deverá dar entrada na Assembleia da República até 10 de outubro.

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