"Para reduzir o risco de inundações, as autoridades da barragem dos Pequenos Libombos em Maputo aumentaram as descargas em mais de 130% para acomodar os fluxos a montante durante a próxima estação chuvosa", refere o mais recente sumário da Rede de Alerta Antecipado de Fome (rede Fews, sigla inglesa), que apoia as ações de agências governamentais e humanitárias.

A abertura de comportas deve-se ao facto de a barragem estar "com 91% da capacidade no início do estação das chuvas", devido à elevada precipitação registada no início deste ano.

A situação chegou a provocar cheias e a cortar estradas nas imediações de Maputo.

Para a estação chuvosa que agora começa e se prolonga até abril de 2022, existe uma probabilidade de "risco moderado a alto" de inundações que pode levar a perdas de produção em planície próximas das bacias dos rios Maputo, Umbelúzi, Incomati, Limpopo, Búzi, Pungué, Savane e Licungo, nota o relatório.

O centro de Moçambique pode sofrer mais intempéries que o resto do país nesta nova estação das chuvas, acentuando um padrão de anos anteriores, segundo a mais recente previsão meteorológica sazonal.

As autoridades estão inclusivamente a planear um investimento num novo centro meteorológico para aquela zona com apoio do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), que se deve tornar realidade até 2024 e aumentar a precisão das previsões e alertas.

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