As instruções de fecho foram comunicadas hoje pelo governador do BCTL, Abraão de Vasconcelos, numa circular distribuída a todas as entidades financeiras, e a cujo conteúdo a Lusa teve acesso.

Nesse documento, Abraão de Vasconcelos explica que o fecho dos serviços de atendimento ao público se deve à imposição de uma cerca sanitária e de confinamento obrigatório no município de Díli, na sequência da deteção de dois focos da doença na cidade, com já dez casos confirmados.

Abraão de Vasconcelos pede às entidades financeiras que garantam que "serviços essenciais continuem a ser prestados noutros municípios que não são abrangidos" atualmente por cercas sanitárias, ou seja fora de Díli e Covalima -- onde também há dois focos da doença.

Solicita ainda que as entidades financeiras garantam que os serviços de multibanco (ATM) e de pagamento por cartão (P-24) "estão sempre disponíveis" e que "há sempre dinheiro disponível".

Fonte do BNU, sucursal da Caixa Geral de Depósitos (CGD) em Timor-Leste e o banco com maior presença no país, disse à Lusa que a entidade vai continuar a garantir esses serviços, incluindo garantindo acesso a dinheiro no resto do país.

Para isso, porém, e para que o dinheiro possa ser transportado de Díli para os restantes municípios, serão feitos pedidos de autorização ao Governo.

Atualmente, o BNU tem 46 ATM espalhados por todos os municípios (à exceção de Manufahi) e ainda na Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), sendo que exceto as três agências de Díli e a de Suai (Covalima) vão continuar abertas.

Foi ainda garantido que as transferências bancárias continuarão a ser feitas, incluindo da administração pública, para as contas dos clientes.

O BNU tem já preparada uma equipa para monitorizar em permanência todos os serviços, incluindo de apoio essencial para o P24, e que continuará a abastecer de dinheiro todos os ATM na capital.

Timor-Leste tem atualmente 35 casos ativos da covid-19.

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