
O Banco Montepio registou um lucro consolidado de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 6,7% em relação ao período homólogo, anunciou hoje a instituição em comunicado.
"O Banco Montepio alcançou um resultado líquido consolidado de 34,2 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, traduzindo um aumento de 6,7% face ao mesmo período de 2024 e uma rendibilidade bruta do capital próprio de 10,6%.
Até março, o produto bancário ascendeu a 104,5 milhões de euros e a margem financeira atingiu 85,6 milhões de euros, abaixo dos 99,2 milhões do período homólogo, sobretudo devido aos maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e da dívida emitida, num total de 5,3 milhões de euros.
"Em ambos os casos, refletem um maior nível de captação de recursos, pela redução de 25,4 milhões de euros nos juros recebidos do crédito a clientes induzida pelo efeito da refixação da taxa de juro dos contratos, que foram parcialmente mitigados pelo aumento das aplicações efetuadas em título e pela variação positiva de 11,2 milhões de euros do impacto líquido das tomadas e cedências de fundos de outras instituições de crédito", detalha o banco.
Já as comissões líquidas totalizaram 32,9 milhões de euros no primeiro trimestre, face a 30,3 milhões no período homólogo de 2024, traduzindo um acréscimo de 2,6 milhões de euros (+8,6%) "determinado, essencialmente, pelo incremento da atividade comercial e expansão do negócio".
Por sua vez, os custos operacionais totalizaram 70,8 milhões de euros, acima dos 64,3 milhões do primeiro trimestre de 2024, refletindo os acréscimos dos custos com pessoal (+ 5,1%), dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações.
Um trimestre de bons resultados
A eficiência do banco, medida pelo rácio 'cost-to-income' recorrente, subiu para 59,4% no 1.º trimestre de 2025, comparado com 53,1% no final de 2024.
O crédito a clientes aumentou 3,7% para 12.300 milhões de euros, com o crédito produtivo a crescer 4,9% (+568 milhões).
Os depósitos de clientes atingiram 15.252 milhões de euros, subindo 11,7% (+1.598 milhões), com os particulares representando 69% do total.
O custo do risco de crédito foi de -0,4%, melhorando face aos 0,1% do ano passado.
O Banco Montepio reduziu as exposições não produtivas (NPE) em 132 milhões de euros (-34%), colocando o rácio NPE em 2,1%, comparado com 3,2% em março de 2024.
A exposição ao risco imobiliário diminuiu 74 milhões de euros (-29%), totalizando 177 milhões de euros, representando 0,9% do ativo líquido (1,4% em março de 2024) e 11,4% dos fundos próprios (17,0% no ano passado).
O rácio CET1 situou-se em 16,2%, o rácio de capital total em 19,4%, e o rácio de cobertura de liquidez (LCR) em 188,1%, com um 'buffer' de liquidez de 5.700 milhões de euros (+9%).
O grupo terminou o trimestre com 2.991 colaboradores e 229 balcões, mais oito e quatro, respetivamente, em relação ao final de 2024.