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Lisboa

Fernando Medina, Nuno Graciano e Carlos Moedas: Lisboa no centro das polémicas e situações insólitas

Este artigo tem mais de 2 anos
Lisboa
Fernando Medina

Fernando Medina

PS.LIVRE

• Habitação (pouco) acessível

A promessa vinha do mandato anterior e previa seis mil de casas a preços acessíveis. Foram entregues 1200. Os adversários querem respostas e Medina indica obstáculos impostos pelo Tribunal de Contas e pela pandemia. Promete mais 5000 para o próximo mandato e a criação de um programa de renda acessível para comércio e serviços.

• Russiagate

A entrega de dados de ativistas russos a Moscovo levantou críticas de vários quadrantes. Após a polémica, veio a público outros dados enviados para Angola, China e Israel. Medina assume e lamenta o erro. Contudo, a Câmara de Lisboa está sujeita a uma multa de 4,5 milhões de euros e o atual presidente pondera contestar o pagamento.

• Os festejos do Sporting e a pandemia

Numa altura em que aumentavam os casos de COVID-19 em Lisboa, os festejos da vitória do campeonato nacional impressionaram pela falta de cumprimento de regras sanitárias. Medina considera que a Câmara fez o que estava ao seu alcance. A DGS reportou pelo menos duas dezenas de contágios feitos durante estas celebrações.

• O travão no alojamento local

Uma das propostas do atual autarca para um novo mandato é limitar a abertura de novos alojamentos locais em toda a cidade, com o objetivo de estes imóveis poderem ser usados para habitação e não para turismo. O sector do Alojamento Local diz que está a ser responsabilizado por uma política de habitação não eficaz e questiona porque não existe a mesma proibição para os novos hotéis.

• Operação Olissipus

Em abril deste ano a PJ efetuou buscas após várias denúncias, incluindo uma do próprio município. Em causa estão as suspeitas de abuso de poder, participação económica em negócio, corrupção, entre outros. Estas suspeitas estão relacionadas com a área do urbanismo, sendo o principal suspeito o antigo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado.

• O ex-vereador e consultor controverso

O arquiteto Manuel Salgado está desde 2007 ligado à área urbanística da autarquia. Foi vereador e presidente da Sociedade de Reabilitação Urbana. Em fevereiro deixou a presidência da empresa municipal por ter sido constituído arguido num inquérito judicial relacionado com a aprovação do Hospital CUF Tejo. Contudo, apesar de deixar de ter cargos formais, Medina convidou-o para consultor onde continua a exercer influencia. No meio da celeuma, o atual autarca refere que se trata de uma consultadoria não renumerada.

Nuno Graciano

Nuno Graciano

CHEGA

• A relação com a política, o dito e o desdito

O ex-apresentador de televisão assegurou no debate televisivo com todos os candidatos que nunca teve nada que ver com política e classificou-os como “carreiristas”. Contudo, tentou provar o seu currículo e interesse nesta área quando apresentou a sua candidatura.

• O cargo que disse que tinha tido

Nuno Graciano disse que foi presidente da associação académica da Universidade Moderna, para logo depois ser desmentido por várias fontes e dizer que fez parte de um “núcleo preparatório”.

• A pena de morte

O ex-apresentador defende que a pena de morte deveria existir e ser aplicada a pedófilos. Noutra ocasião, a propósito dos incêndios, acrescentou que esta pena também deveria ser aplicada a incendiários

Carlos Moedas

Carlos Moedas

PPD/PSD.CDS-PP.A.MPT.PPM

• O negociador da troika

Foi uma das principais caras das negociações com a troika e da execução do programa de ajustamento em Portugal enquanto secretário de Estado do governo de Passos Coelho.

• Coligação cria guerras internas dos partidos

Na lista de Moedas, tanto a escolha da número dois apontada pelo CDS como o escolhido pela Aliança criaram problemas dentro dos respetivos partidos. O CDS optou por Filipe Anacoreta Correia afastando João Gonçalves Pereira (líder da distrital de Lisboa e opositor interno de Chicão) e do lado do Aliança o nome foi escolhido à revelia da direção nacional o que fez com que esta pedisse a demissão do presidente do partido.

• Comissário vs candidato e um convite que foi uma inscrição

Foi comissário europeu e chegou a dizer em Lisboa que os cidadãos participavam na gestão da cidade. Já por cá, diz que os munícipes não são ouvidos. Outra pequena gafe, esta que deu origem a várias piadas, foi o facto de Moedas agradecer o convite no Fórum TSF mas o jornalista deixar claro que foi o próprio que se inscreveu como ouvinte.

A entrega de dados de ativistas russos a Moscovo e as questões relacionadas com a habitação são o calcanhar de Aquiles de Medina, masm esmo com algumas polémicas e promessas por cumprir, as sondagens sempre colocaram Fernando Medina na linha da frente das intenções de voto. Os últimos números dão-lhe a maioria absoluta. Por sua vez, Nuno Graciano, conhecido pela sua carreia televisiva e algumas declarações mais polémicas, é o imprevisível candidato a Lisboa que apresenta logo de início algumas incoerências. No debate com os adversários, questionou muito e respondeu muito pouco. Já Carlos Moedas ficou conhecido como o negociador da troika do governo de Passos Coelho e assume-se agora como o candidato para tirar a Câmara de Lisboa aos socialistas. Em campanha tem cometido algumas gafes e a sua candidatura criou problemas dentro dos partidos da coligação à direita.

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