"É extremamente importante para a comunicação dispormos realmente de tempo para ouvirmos o outro." Quem o diz com esta clareza sabe do que fala e conhece sobretudo a dificuldade que algumas pessoas experimentam quando querem exprimir-se. E para alguns, isto não é apenas uma dificuldade de expressão momentânea, é mesmo uma condição de vida. Como podemos garantir que o mais básico das relações humanas, a comunicação, se concretiza quando temos pela frente alguém com uma limitação física ou mental?

Para Ana Luísa Martins, terapeuta da fala, é bastante claro que quem não consegue exprimir-se em discurso oral ou quem tem dificuldades de compreensão sente "se nós queremos mesmo ouvir aquilo que essa pessoa está interessada em transmitir". Mas por vezes, para otimizar essa abertura, há técnicas e tecnologia que podem fazer toda a diferença. O Serviço de Tecnologias de Apoio para a Comunicação tem-se revelado uma excelente ferramenta, conta, no segundo episódio do Ponto de Vista, a nova rubrica do digital da Fundação MEO, que mensalmente traz a palco entrevistas curtas e dinâmicas a "pessoas ligadas, de forma direta ou indireta, às iniciativas da Fundação, desde utilizadores das acessibilidades até parceiros institucionais ou membros da comunidade".

Sejam pessoas que perderam competências por um acidente ou que sofrem situações degenerativas, como AVC, ou até quem sofra uma perturbação de espetro do autismo, não são poucos os que beneficiam deste tipo de sistemas aumentativos para a comunicação. Ana Luísa Martins conta, por exemplo, como estas ferramentas foram capazes de mudar a vida de um doente que ficou tetraplégico na sequência de um AVC: "Para ele, foi um abrir de portas" que lhe permitiu revelar-se a "pessoa espetacular que é, em termos de humor e de força de vontade". E essa pessoa já escreveu três livros através de software especializado.

Conheça mais histórias com impacto neste novo episódio do o Ponto de Vista, o programa da Fundação MEO que nasceu para dar visibilidade a diferentes perspetivas de vida, nas quais muitas vezes a tecnologia é uma aliada de peso para ultrapassar condições que parecem ser limitações. Porque só conhecendo visões diversificadas se consegue ter um olhar real e pleno sobre o mundo.

Tendo já dado vida a iniciativas como uma mostra de cinema inclusivo, um programa que junta em casa jovens que procuram casa e pessoas mais velhas e sós ou a criação de uma rede que quer provocar uma transformação que se apoia na aproximação da tecnologia às pessoas com deficiência, a Fundação MEO quis pôr soluções tecnológicas ao serviço de quem delas pode tirar mais partido e ajudar a ultrapassar desafios e abrir as portas da sociedade a quem enfrenta limitações diárias. E agora, com o Ponto de Vista, dá mais um passo para a inclusão.

"Cada episódio será uma janela para uma realidade diferente, ajudando-nos a contar, com autenticidade, as histórias por trás de projetos como o Espaços com SentidoPartilha CasaCinema com Sentido, entre outros", explica a Fundação MEO, assumindo o objetivo de reforçar "uma Fundação mais próxima, atenta e representativa".

O segundo episódio já está disponível nas plataformas da Fundação e aqui, no SAPO e na app SAPO TV. Veja também aqui o episódio de estreia, que contou com o artista Rudolfo Quintas como convidado.