O coletivo de juízes responsável por este caso decidiu condenar o arguido a 4 anos e 3 meses pelo crime de furto relacionado com o edifício da secretaria-geral do MAI e a 3 anos e 3 meses pelo furto qualificado na forma tentada relacionado com um assalto a um apartamento.

Em cúmulo jurídico, o coletivo decidiu fixar a pena de prisão de 5 anos e 3 meses. Uma vez que a pena ultrapassa os cinco anos, esta não pode ser suspensa e o arguido agora condenado terá de cumprir pena efetiva de prisão.

"Resultaram provados todos os factos da acusação. O arguido admitiu os factos e manifestou arrependimento dos mesmos", referiu a juíza que preside ao coletivo.

Este julgamento começou no dia 22 de maio e, logo na primeira sessão, o arguido confessou os crimes de que estava acusado pelo Ministério Público.

"Estou muito arrependido. Se eu soubesse [que era um edifício do MAI], não entrava", assumiu o arguido, ao final da manhã, quando foi presente a um coletivo de juízes do Tribunal Central Criminal de Lisboa, acrescentando que não sabia que o edifício que assaltou pertencia ao MAI.

De acordo com a acusação a que a Lusa teve acesso, do edifício da secretaria-geral, situado na rua de São Mamede, foram levados 10 computadores portáteis, no valor de 600 euros cada, incluindo os computadores do secretário-geral da Administração Interna, Marcelo Mendonça de Carvalho, e da secretária-geral adjunta da Administração Interna, Teresa Costa.

A investigação não conseguiu apurar a hora exata em que o arguido terá entrado na secretaria-geral, tendo o Ministério Público indicado na acusação que o assalto aconteceu antes das 06:20 do dia 28 de agosto.

O suspeito conseguiu entrar na secretaria-geral do MAI através de uns andaimes que estavam colocados no edifício contíguo e terá vendido depois os computadores no Largo de São Domingos, na freguesia de Arroios.

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