Diamantino de Azevedo referiu que a participação no encontro, que decorreu entre segunda-feira e hoje, na cidade sul-africana do Cabo, foi de consolidação do trabalho feito nos últimos dois anos, sem avançar mais pormenores sobre a negociação com a diamantífera Rio Tinto.

"Tivemos uma representação maior e de mais qualidade e tivemos encontros institucionais importantes, como foi com o ministro dos Recursos Minerais e Energia de África do Sul, em que abordámos os caminhos para uma melhor cooperação entre os nossos países, tanto no setor mineiro, como dos petróleos", disse.

Segundo o ministro, face à experiência da África do Sul a nível do setor mineiro e de Angola no setor petrolífero, ambos os países podem beneficiar.

"Aí decidimos passos concretos para maior cooperação institucional e privada", disse Diamantino de Azevedo, salientando que com o seu homólogo sul-africano ficou decidido que deve ser feito mais.

"Já falámos bastante e agora é necessário efetivamente fazer e ficou acertado que em breve virá uma delegação técnica da África do Sul - já cá esteve uma no ano passado - mas virá uma mais alargada e preparará a visita do ministro a Angola, para então decidirmos sobre projetos concretos", sublinhou.

Segundo o ministro, é possível "a participação de muito mais empresas mineiras sul-africanas em Angola e também observar mais como utilizar a capacidade das empresas de prestação de serviço sul-africanas".

"A África do Sul tem interesse também no petróleo e no gás de Angola e são esses aspetos que queremos concretizar", acrescentou.

O governante angolano destacou também o encontro com a ministra da Indústria do Canadá, um país mineiro importante, que realiza uma das maiores conferências do setor mineiro do mundo, nomeadamente a Convention and Trade Show of the Prospetors and Developers Association of Canada (PDAC), e tem bastante experiência como as empresas juniores podem fomentar a atividade mineira.

"Abordámos também a nossa participação este ano no PDAC, com um grupo ainda pequeno, e também a forma como poderemos trazer empresas do Canadá para a prospeção de vários minerais em Angola", referiu.

A feira, prosseguiu o ministro, proporcionou igualmente encontros com institutos geológicos, com a JOGMEC, uma agência de desenvolvimento do setor do petróleo, gás e minas do Japão, com a qual Angola irá assinar, em breve, um memorando de cooperação no setor de petróleos e minas.

"A JOGMEC já tem trabalhado connosco na formação de quadros, mas é uma instituição que podemos aproveitar muito mais da sua experiência, da sua capacidade, mas também de ajuda na tarefa de cartografia geológica, na atividade de petróleo e gás", assegurou.

De acordo com o ministro, Angola teve uma participação de cerca de 200 empresas, apresentações do ministério, do instituto geológico e da Endiama, bem como de uma empresa privada australiana, que está a desenvolver um projeto no município do Longonjo, na província angolana do Huambo, sobre prospeção de metais raros.

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