A actriz e cantora madeirense Ana Marta Kaufmann, que iniciou no Funchal a sua formação em ballet, canto coral e teatro no conservatório regional, protagonizou o musical 'We Will Rock You' com o papel de Killer Queen, no Casino Estoril e no Coliseu do Porto, entre Março e Abril deste ano.

De acordo com uma nota a que tivemos acesso, "o icónico musical de rock 'We Will Rock You', inspirado no incomparável grupo de rock Queen, regressou para uma segunda temporada após a sobrelotada estreia absoluta em Portugal, que teve lugar no Campo Pequeno em Lisboa, no passado mês de Setembro de 2024", sendo que "esta obra, coproduzida pelos membros da banda, Brian May e Roger Taylor, teve novas sessões nos dias 25 de Março, no Salão Preto e Prata do Casino Estoril, e 8 de Abril, no Coliseu do Porto".

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Genericamente, "a história do musical posiciona o espectador num futuro distópico, em que o individualismo é perseguido" e Killer Queen, interpretado por Ana Marta Kaufmann, "é a responsável por uma sociedade autoritária, em que a música e todas as formas de criação artística são proibidas. Face à repressão social e artística, apenas alguns rebeldes se atrevem a desafiar o governo, enquanto aguardam ansiosos a chegada do sonhador Galileo, um líder que tornará possível o regresso da música, através do rock, e restabelecerá a liberdade".

Como é óbvio, "o espectáculo inclui os grandes êxitos do icónico grupo de rock britânico, tais como 'We Are The Champions', 'I Want To Break Free', 'Somebody To Love', 'I Want It All', 'Another One Bites The Dust', 'Bohemian Rhapsody' e o inconfundível 'We Will Rock You'", lê-se, numa produção que "esteve a cargo de Armando Calado, com encenação de João Guimarães, direção musical de Paulo Pires e coreografia de Daniela Pinto".

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Ana não pára

"Neste momento, a actriz e cantora encontra-se a terminar a temporada da tragicomédia musical 'Clitemnestra', a partir das tragédias de Eurípides e Ésquilo, com dramaturgia e encenação de Claudio Hochman, estando em cena durante todo o mês de Julho no Teatro Romano, um espaço arqueológico que pertence ao Museu de Lisboa", informa.

Em resumo, "Clitemnestra é uma mulher complexa e forte, que conspira devagar para vingar as injustiças da sua vida e dos que lhe são próximos. Clitemnestra é filha de um rei, mas casa com um tirano e, por isso, vai aprendendo a enganar os seus inimigos de forma a vingar-se dos que lhe fazem mal. Uma história de luta, de poder e de sobrevivência, tão atual no longínquo século V a. C. como hoje", conta.

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Refira-se que, desde 2016 que, durante o mês de Julho, "os clássicos sobem ao palco mais antigo em território nacional", pelo que "reviver a função para a qual este monumento foi edificado há 2000 anos é uma das linhas programáticas mais emblemáticas do Museu de Lisboa - Teatro Romano".

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E acrescenta um outro projecto: "Paralelamente às sessões da peça 'Clitemnestra', na qual interpreta o papel de Agamémnon, iniciou também a fase de ensaios para o próximo projeto: o musical original 'Thérèse Martin', com encenação de Matilde Trocado e música de António Andrade Santos, inspirado na vida e manuscritos de Santa Teresa do Menino Jesus, que passou a sua vida num convento de carmelitas. Tornou-se numa das santas mais conhecidas em todo o mundo, amada por crentes e não-crentes e reconhecida pela UNESCO entre as figuras mais significativas para a humanidade contemporânea."

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Este projecto "estreia em Setembro neste ano do centenário da sua canonização no Teatro Camões, em Lisboa e no Coliseu do Porto", informa. Será um espectáculo de 90 minutos, sem intervalo. É promovido pela Ordem dos Padres Carmelitas Descalços de Portugal.

Ana Marta Kaufmann brilha nos palcos nacionais
Ana Marta Kaufmann brilha nos palcos nacionais dnoticias.pt

Biografia

Ana Marta Kaufmann licenciou-se em Artes Performativas pela Escola Superior de Tecnologias e Artes de Lisboa e Interpretación Musical na Escuela Superior de Arte Dramático de Málaga (Erasmus+).

Completou o curso de Teatro Musical da EDSAE, certificado pela Trinity College London e o estágio de Canto Acompanhado (categoria teatro musical) na Academia Nacional Superior de Orquestra em parceria com a Primeiro Acto.

Frequentou workshops com António Simão, João Brites, Claudio Hochman, Marcia Haufrecht, Miguel Loureiro, Cathleen McCarron (Royal Shakespeare Company), Sissi Martins, Artur Guimarães, Ricardo Neves-Neves, Manuel Rebelo e ainda no IAB Barcelona e ArtsEd Londres. Tem aulas de canto regulares com Diogo Pinto.

Dos espetáculos integrados, salienta a performance 'Urban Distortions', as operetas 'Pirates of Penzance' e 'A Filha do Tambor-Mor', as peças 'Muito Barulho Por Nada', 'Um Auto' de Gil Vicente e 'Júlio César', e os musicais 'Jekyll & Hyde', 'A Caminho', 'Feiticeiro de Oz', 'Cinderela', 'Bela Adormecida', 'O Fantasma da Ópera', 'Música no Coração', 'Lago da Aventura', 'Claus', 'Saudade', 'Corcunda de Notre Dame' e 'Branca de Neve', tendo actuado nas salas nacionais do Teatro Municipal São Luiz, Parque Mayer, Campo Pequeno, Coliseu do Porto, Super Bock Arena e MEO Arena.

Foi vencedora ex-aequo no concurso One Step 4 Music Fest, na categoria de Teatro Musical. Na ficção, destaca as participações na série "Vai Correr Tudo Bem" de Guilherme Geirinhas, e na longa-metragem "Mãe" de João Brás. No audiovisual, protagonizou a dobragem portuguesa da série "DinoCity" para o canal Panda.