
"Tomámos conhecimento da decisão da França de deixar o Mali e de pôr termo ao seu compromisso, o que, naturalmente, tem repercussões para os parceiros", disse Christine Lambrecht, em Bruxelas, no decurso da cimeira UE/ÁFrica, que começou hoje na capital belga.
A ministra manifestou-se "muito cética quanto a uma possível extensão do mandato para participar" na missão de treino militar da UE na qual a Alemanha participa.
"A questão é saber se atingimos os nossos objetivos políticos, ou seja, quem apoiamos e quem treinamos", especificou.
O exército alemão está envolvido no Mali através de duas missões: 328 soldados participam na Missão de Formação da União Europeia no Mali (EUTM), e 1.170 soldados na Missão Multidimensional de Estabilização Integrada das Nações Unidas no Mali (Minusma).
Relativamente à Minusma, a ministra defendeu que "deve ser procurada urgentemente uma solução" se "faltar" a "capacidade francesa".
Em maio, o parlamento alemão deverá decidir se o exército alemão vai ou não continuar naquelas duas missões.
Impulsionados por "obstruções" da junta no poder em Bamako, a França e os seus parceiros europeus, formalizaram hoje o anúncio da sua retirada militar do Mali, após nove anos de guerra contra os terroristas, liderada por Paris, mas salientando, ao mesmo tempo, que queria continuar envolvida com os países do Sahel e do Golfo da Guiné.
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