João Abreu, cabeça-de-lista do ADN-Madeira às Legislativas de 18 de Maio, criticou fortemente o incumprimento do compromisso de Portugal em investir 2% do PIB na Defesa Nacional, considerando a situação "inaceitável" face ao actual cenário de crescente instabilidade global.

Em comunicado enviado esta quarta-feira à imprensa, o representante do ADN denunciou que, apesar do compromisso assumido em 2014, Portugal destinou apenas 1,48% do PIB para a Defesa em 2024, adiando a meta dos 2% para 2030. Esta situação, segundo o partido, coloca em risco a segurança nacional num momento de intensificação dos conflitos internacionais.

O ADN-Madeira aponta que, enquanto os outros partidos políticos divergem ideologicamente sobre temas como a NATO e a UE, nenhum apresenta soluções inovadoras para os problemas estruturais das Forças Armadas portuguesas.

Em contraste, João Abreu propõe uma "visão clara e determinada para a defesa nacional", defendendo não só o cumprimento dos compromissos internacionais, mas também a modernização das Forças Armadas com ênfase na inovação tecnológica e na formação contínua dos militares.

Entre as propostas do ADN está também a realização de uma "auditoria rigorosa" aos investimentos na área da Defesa, visando garantir a transparência e eficiência na utilização dos recursos públicos.

"É hora de Portugal assumir um papel mais ativo e independente na sua defesa, sem depender exclusivamente de alianças internacionais", afirmou João Abreu, reiterando o compromisso do ADN em fazer da defesa nacional uma prioridade efectiva para proteger os interesses e a segurança dos portugueses.