Nem as promessas de construir 26 mil casas até 2024 de António Costa, primeiro-ministro, com Pedro Nuno Santos como ministro da Habitação, saíram do papel nem os incentivos desenhados por Luís Montenegro no governo da AD serviram para travar preços e pôr no mercado os milhares de casas em falta. Os preços continuam a subir e a solução para a crise na Habitação parece continuar distante. O que a originou? Faltam casas ou soluções para as abrir a quem precisa? O turismo tem, afinal, culpas no cartório ou o que falta são políticas públicas que incentivem a construção e o arrendamento e estabilizem o mercado? E as promessas eleitorais são caminho para resolver o problema?
O pior que se pode fazer para responder à falta de casas para as famílias que procuram comprar ou arrendar é "nacionalizar ou imaginar que o Estado tem vocação para agência de arrendamento". Melhor seria uma solução que permitisse estimular os donos de casas que estão desocupadas a pô-las no mercado da habitação, defende João Duque. Para o economista, ter um imóvel não dá só direitos, também acarreta responsabilidades, nomeadamente a de pô-lo a uso, mas essa pressão tem de vir com vantagens dadas a quem escolhe abri-los ao arrendamento.
Numa conversa de 15 minutos que marca a estreia do podcast Acerto de Contas, do SAPO, o economista João Duque explica a economia por trás das promessas eleitorais sobre a Habitação, responde às dúvidas e no final aponta o "pecado capital" e a "subida aos céus" naquilo que são os caminhos desenhados para uma solução.
Em seis episódios, o Acerto de Contas vai abordar seis temas-chave na campanha às Legislativas 2025e que vão marcar a governação após as eleições de 18 de maio. Além da habitação, estarão em cima da mesa a saúde e a imigração, mas também a importância das contas certas, a evolução dos salários e o crescimento do país.
Já amanhã, não perca o segundo episódio do Acerto de Contas, focado na crise da saúde. Afinal, os privados são parte do problema ou da solução? Veja tudo aqui no SAPO ou no Spotify.
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