
O Presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, diz que a campanha eleitoral serve para apresentar propostas aos portugueses e não para discutir possíveis cenários de coligações.
Esta segunda-feira à tarde, na tímida arruada em Lisboa, acompanhado por poucas dezenas de apoiantes, o presidente do partido privilegiou o contacto com os jovens, incluindo a própria filha.
Em declarações aos jornalistas no final da arruada, Rui Rocha foi questionado sobre porque é que não tenciona estabelecer linhas vermelhas para um eventual acordo pós-eleitoral com a AD.
"Este momento de campanha é um momento para apresentar propostas. Nós não estamos aqui a decidir coligações, estamos a decidir a representação dos partidos na Assembleia da República e, portanto, cada coisa tem o seu tempo. Estaria a fazer um mau serviço ao país se estivesse neste momento a falar só de cenários", responde o líder da IL.
Confrontado com declarações que fez no debate das rádios, em que criticou os "papões da esquerda", o líder da IL defende que os partidos de esquerda têm "uma absoluta falta de soluções para o país".
"E quem tem falta de soluções depois refugia-se na tentativa de criar papões, de criar medo, de dizer às pessoas que, do outro lado, do lado onde estão as soluções, do lado da IL, há coisas que não estão no programa da IL", critica.
Rui Rocha referiu no debate das rádios, que o porta-voz do Livre, Rui Tavares, criou um novo "papão" -- de que a direita, junta, poderá querer rever a Constituição na próxima legislatura caso tenha dois terços dos deputados --, a que se acrescentam outros que considerou que a esquerda já tinha apresentado, designadamente relativos ao sistema de saúde ou a um eventual regresso da austeridade.
Com Lusa.