Quando era pequeno, obrigava os irmãos a brincarem às missas. Mais tarde, licenciou-se em Matemática e Filosofia e esteve, durante mais de uma década, em missão no Peru.

Cantava na festa de Natal da paróquia. Desde pequeno que a brincadeira preferida era dar a comunhão aos irmãos.

“Ele pegava na tábua de engomar da nossa mãe, cobria-a com uma toalha e nós fingíamos que íamos à missa” , conta John Prevost , irmão do novo papa.

Formou-se em Matemática e Filosofia e só aos 26 anos cumpriu o sonho de ser ordenado padre. Continuou a estudar, depois Teologia e Direito Canónico e, em 1985, foi enviado em missão para o Peru, onde ficou onze anos.

“Ele saía na própria carrinha, levava sacos de comida e entregava-os às pessoas. Nada o parava”, conta Zury Castillo , secretária da diocese.

O resultado de um rápido Conclave

Aos 69 anos, bastaram dois dias de Conclave para a vida do cardeal Prevost mudar completamente. Tornou-se no primeiro Papa nascido nos Estados Unidos da América.

Os católicos por todo o mundo ansiavam não só um sucessor de São Pedro, mas também um Papa que continuasse o trabalho de Francisco. Nas primeiras palavras enquanto novo Papa, Leão XIV manteve a mensagem de Francisco de uma igreja aberta a todos.

É considerado como integrante da ala mais progressistada Igreja e muitos comparam-no ao Papa Francisco pelo trabalho com os pobres e com os migrantes. Uma semelhança que também encontrou noutro Papa, o anterior Leão - Leão XIII –, que enfrentou a questão social no contexto da primeira grande revolução industrial.

O nome escolhido remete ainda para a amizade de São Francisco de Assis com o Frei Leão, santo que inspirou o Papa Francisco.

“Ele vai seguir os passos do Papa Francisco”, acredita o irmão, John Prevost .

Leão XIV vai celebrar a primeira missa para os fiéis dia 18 de maio, na Praça de São Pedro.