
Até 2015, quando se despediu aos 106 anos, foi uma das lendas vivas do cinema.
Manoel de Oliveira manteve-se ativo até 2014, quando o seu derradeiro filme, “O Velho do Restelo”, teve estreia mundial no Festival de Veneza, deixando uma obra invulgarmente longa e marcante desde a década de 1930.
Autor de “Aniki-Bobó” (1942), “Amor de Perdição” (1979), “Vale Abraão” (1993) ou “Vou para Casa” (2001), o cineasta portuense foi uma referência da cultura portuguesa dos últimos dois séculos, somando dezenas de distinções dentro e fora de portas.
Entre as últimas contam-se o Leão de Ouro de Carreira do Festival de Veneza (2004), o Prémio Europa David Mourão-Ferreira 2006 (categoria Mito), a Palma de Ouro de Honra do Festival de Cannes (2008), a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique (2008) e o título de Grande-Oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra, atribuída pelo governo de França em 2014.