O representante da República para a região autónoma da Madeira, Ireneu Cabral Barreto, começa hoje a receber os partidos políticos com representação parlamentar, na sequência das eleições regionais de domingo, antes de convidar PSD/CDS-PP a formar o executivo regional.
O presidente do CDS-PP assinalou hoje que o acordo de incidência parlamentar na Madeira foi fechado entre PSD e PAN, “processo [que] passou à margem” dos centristas, e apontou que teria preferido um entendimento com a Iniciativa Liberal.
O PS/Madeira repudiou hoje a solução do PSD/CDS para assegurar uma maioria absoluta na Assembleia Regional, considerando que passou “da bengala para o andarilho”, e acusou o PAN de “trair os madeirenses” ao celebrar o acordo de incidência parlamentar.
“Custa-me dizer isto, mas hoje mais vale votar no Chega do que votar em Miguel Albuquerque". A frase apareceu juntamente com uma imagem de Alberto João Jardim e esteve a circular nas redes sociais antes das eleições na Madeira. A queixa já seguiu para o Ministério Público.
O presidente do PSD/Madeira e do Governo Regional afirmou hoje que o acordo de incidência parlamentar, para quatro anos, com o PAN é “sério” e foi negociado de “boa-fé”, mas não excluiu conversações também com a Iniciativa Liberal (IL).
O entendimento para governar o Arquipélago da Madeira é conseguido com um acordo de incidência parlamentar com o PAN, que não fará parte do governo regional.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) recebeu 80 queixas e 11 pedidos de parecer no âmbito das eleições regionais da Madeira, que decorreram no domingo, a maioria relacionada com a violação dos princípios da neutralidade e da imparcialidade das entidades publicas.
O número de partidos representados no parlamento madeirense vai passar de cinco para nove na próxima legislatura, na sequência das eleições regionais de domingo, das quais a coligação PSD/CDS-PP saiu vencedora, mas sem maioria absoluta.
O líder do PS/Madeira e cabeça de lista da candidatura do partido, Sérgio Gonçalves, apelou hoje aos madeirenses para votarem nas legislativas regionais, vincando que este ato eleitoral é a “expressão máxima da autonomia”.
O cabeça de lista do JPP às eleições regionais, Élvio Sousa, apelou hoje ao voto para que a abstenção não seja uma das vencedoras da noite, lembrando que “muita gente perdeu a vida” enquanto lutava pelo direito de votar.
O cabeça de lista da coligação PSD/CDS-PP às legislativas regionais da Madeira, Miguel Albuquerque, anteviu hoje uma "boa afluência às urnas", considerando que isso "é positivo para todos".
As eleições legislativas regionais na Madeira registaram hoje, até às 12:00, uma afluência às urnas de 20,98%, semelhante à verificada em 2019 à mesma hora, de acordo com os dados da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.
O representante da República para a Madeira assegurou que as eleições regionais estão hoje a decorrer com normalidade, apelando a que todos exerçam o seu direito de voto porque os próximos anos são "importantíssimos" para a região.
O PSD está no poder na Madeira há 50 anos, desde as primeiras eleições legislativas regionais. As sondagens dão maioria absoluta a Miguel Albuquerque, que afirma que sem isso vai embora. Mas há partidos empenhados em provocar danos na história dos sociais-democratas.
A Madeira registou, em 2022, indicadores muito positivos na área do turismo, mas manteve elevados níveis de desemprego e de pobreza, além da tendência de envelhecimento acentuado da sua população, segundo dados oficiais recolhidos pela Pordata.