Cinco convites, três recusas, duas incertezas e uma polémica: PCP tenta salvar Palmela com Ana Teresa Vicente, mas reforma aos 47 anos volta a assombrar o partido.
Com a contagem dos votos da emigração fechada, Belém chama novamente AD, PS e Chega para confirmar que há condições de governabilidade. Executivo pode tomar posse já na próxima semana.
As diretas deverão ser marcadas para finais de junho ou inícios de julho, segundo a proposta do presidente do partido. A solução também teve o apoio do líder cessante Pedro Nuno Santos.
Máquina partidária não quer um confronto interno a prejudicar as autárquicas. Por isso, prefere uma lista única, encabeçada pelo candidato repetente que fará a travessia do deserto.
Tavares quer que a esquerda "desperte" e evite que o Chega conquiste câmaras. E alerta para o fim do "regime saído do 25 de abril" com uma alteração à Constituição com a direita e extrema-direita.
Vozes socialistas pedem tempo para escolher o novo secretário-geral, preferindo uma gestão transitória até às eleições locais. Carneiro repete candidatura, Mariana e Medina pressionados a ir a jogo.
Paulo Macedo considera que os resultados eleitorais mostram que as pessoas querem mais estabilidade e um Governo que dure mais do que um ano. E defende mais acordos de longo prazo entre os partidos
"Nunca excluí, estou disponível para ajudar o PS a encontrar um caminho de união", afirmou a ex-ministra e membro do núcleo duro socialista que é contra aprovar moções de rejeição ao Governo.
O líder do partido afirmou ainda que será um "farol de estabilidade, mas não a qualquer custo," e que não deixará "o país cair numa nova crise", sem revelar, porém, se viabiliza o Executivo da AD.
O ainda líder do PS marcou presença na reunião com o Presidente da República que serviu sobretudo para se despedir, acompanhado pelo presidente do partido que o vai substituir interinamente.
A mudança de sentido de 10,5% dos votos nas eleições legislativas de 18 de maio foi o suficiente para, no espaço de um ano, alterar o equilíbrio de forças do futuro parlamento.
Risco de ingovernabilidade mantém-se, apesar do reforço dos votos na AD. O mais provável é um entendimento com o novo líder do PS no curto prazo a não ser que caia o 'não é não' à extrema-direita.
"À primeira vista, não há razões para que não queiram colaborar na governabilidade", antecipa o Presidente da República, que deseja ter um Governo antes de 10 de junho.
"O partido vai ter de tomar decisões muito importantes na relação com o Governo e eu não quero ser um estorvo", admitiu o ainda líder dos socialistas que nunca dará suporte a Luís Montenegro.
O líder do Chega deixou ainda várias ameaças de que o partido vai "exigir contas a todos os poderes em Portugal" e às empresas de sondagens que falharam.
Partidos políticos andaram de Norte a Sul nos últimos 13 dias. Recorde aqui algumas das declarações que marcaram a campanha eleitoral para as eleições legislativas.
São precisos 116 lugares no Parlamento para alcançar maioria absoluta, um resultado pouco provável, mesmo à direita. Politólogos apontam para vitória minoritária de Montenegro, mas o jogo pode virar.
Pedro Nuno Santos acusa a direita de querer privatizar o sistema público de pensões e o SNS e lança o derradeiro apelo ao voto útil: "O país não precisa de uma AD maior, precisa de um Governo melhor".
O Presidente da República lembrou que empossou o Executivo minoritário de Montenegro, porque tinha "a certeza, dita pelo secretário-geral do PS, de que viabilizaria o programa".
Almoço dos ex-líderes do PSD marcou o dia de campanha. Passos Coelho defende que não adianta estabilidade sem reformismo. Mensagem que Montenegro levou ao jantar, onde apontou a um ciclo de oito anos.
O ECO pediu a várias personalidades uma medida essencial para o próximo Governo. A proposta de Ana Jacinto, secretária-geral da AHRESP, é a reposição da taxa intermédia de IVA nas bebidas.
O ECO pediu a várias personalidades uma medida essencial para o próximo Governo. Esta é a proposta de Carlos Tavares, economista e antigo ministro da Economia, que se foca na reforma fiscal.