
Num comunicado assinado por Paulo Folhadela, porta-voz da candidatura autárquica do PS Famalicão, a Câmara Municipal é acusada de desrespeitar o luto nacional de três dias pela morte de Jorge Sampaio, antigo Presidente da República.
No passado fim de semana, «o presidente da Câmara e o vereador com os pelouros das Freguesias e do Desporto e Tempos Livres (não por acaso, o mesmo cidadão que foi escolhido por Paulo Cunha para lhe suceder) continuaram com o seu roteiro de inaugurações, visitas e lançamentos de primeiras pedras», acusam os socialistas que adjetivam a postura de «falta de nível e défice de cultura democrática».
Paulo Folhadela, que é o número dois da lista liderada por Eduardo Oliveira, diz mesmo que perante a decisão do Governo de decretar o luto nacional e o pedido do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, de serem «canceladas ou adiados os eventos organizados ou promovidos por entidades ligadas ao Estado», também a reabertura do Cineteatro Narciso Ferreira, em Riba de Ave devia ter sido adiada ou cancelada.
Mais grave, acusam os socialistas, é «o que veio a passar-se no sábado e domingo». Decorriam as cerimónias fúnebres e as últimas homenagens a Jorge Sampaio, «em Famalicão, Paulo Cunha e Mário Passos ignoravam os sentimentos da maioria dos portugueses, cumprindo uma agenda previamente delineada à medida dos seus interesses eleiçoeiros. Em dois dias, passaram por oito freguesias», cujos autarcas locais são, também, alvos da censura dos socialistas.
Num extenso comunicado, Paulo Folhadela acredita que «os famalicenses não se reveem neste tipo de comportamentos! A história do poder local democrático em Vila Nova de Famalicão exige dos seus titulares mais decoro e outro sentido das responsabilidades».