Já ficaram para trás os escritórios repletos de cubículos com ecrãs de tubo e computadores barulhentos. Nas grandes empresas, o máximo que se vê são monitores de perfil fino prontos para conectar um computador portátil destinado a um trabalhador que adota a filosofia BYOD (Bring your own device). Agora bem, é necessário gastar uma grande quantia de dinheiro para realizar tarefas típicas de um escritório?

Nos últimos anos, surgiram marcas nascidas na China que, com o passar dos anos e a obtenção de boas vendas, conseguiram conquistar um lugar no Ocidente com produtos cada vez mais de qualidade. É o caso do Chuwi CoreBook X, um computador portátil bem acabado, com corpo metálico e 1,4 kg de peso. Além disso, tenha em mente que na base há uma tampa com acesso livre para expansão de memória RAM de canal duplo em até 64 GB.

Processador Intel Core i5 para garantir tarefas exigentes

Este PC portátil incorpora um ecrã IPS de 14″ com uma generosa resolução de 2160×1440 pixels, não sendo necessário aumentar muito o nível de brilho em ambientes interiores. É verdade que a luminosidade atinge um valor máximo de 280 cd/m². Se trabalha com imagens e exige um mínimo em termos de paleta de cores, deve saber que cobre 100% do espaço de cor sRGB.

O CoreBook X será uma boa ferramenta de trabalho, repleta de ligações que pode precisar mesmo quando não estiver no «modo escritório». Uma das funcionalidades básicas é a saída HDMI 1.4, caso precise de partilhar informações numa reunião através de um projetor. Não faltam duas portas USB tipo A 3.0 e uma USB tipo C 3.0, que permitem ligar unidades de armazenamento externo ou mesmo periféricos que facilitam o desenvolvimento das suas tarefas. Vem pré-instalado o Windows 11 Home Edition da Microsoft.

O desempenho sem concessões está cada vez mais disponível a preços acessíveis. Nesta ocasião, o portátil tem um preço inferior a 400 euros e dispõe de 16 GB de RAM DDR4, uma unidade SSD M2 2280 de 512 GB e um processador Intel Core i5 12450H com TDP de até 25 W. Utiliza software exigente? Com este hardware, consigo realizar tarefas de edição de vídeo profissional com o Adobe Premiere. O manuseamento de bases de dados, ficheiros de grande dimensão ou folhas de cálculo pesadas não deve ser um problema para este computador.

Pelo menos 5 horas de autonomia com edição de documentos

Costuma trabalhar sem estar ligado à corrente elétrica? Tendo em conta a minha experiência – e, na melhor das hipóteses, com a edição de documentos – a bateria de 46,2 Wh pode atingir pouco mais de 4 horas de tempo de utilização. A fonte de alimentação fornecida pela Chuwi – com 64,98 W de capacidade máxima – permite passar de 0 a 100% de carga em apenas duas horas e meia.

Numa solução portátil como a que temos em mãos, não só o ecrã e o processador são elementos-chave no desempenho durante as horas de trabalho. Como se comporta o teclado? A superfície útil tem 30 cm de largura por quase 11 cm de altura. As teclas – com dois níveis de iluminação, caso trabalhe com pouca luz – são largas e estão devidamente separadas. Quanto ao touchpad, é generoso em dimensões – com 15,5 cm de diagonal – e inclui os botões direito e esquerdo correspondentes. Confesso que costumo preferir usar um rato “tradicional”.

Embora apresente muitos componentes de valor para o utilizador, também é preciso reconhecer que o Chuwi CoreBook X tem algumas áreas a melhorar. A fonte de alimentação utiliza uma ligação circular, o que não é propriamente um padrão para utilizar outras soluções energéticas. A webcam de 1 MP com vídeo em 720p fica aquém se procura um mínimo de qualidade nas interações de trabalho em reuniões por videoconferência. Falta uma porta RJ45 para ligar-se à Internet por cabo de forma segura, evitando a saturação típica de uma rede Wi-Fi. Este último problema pode ser resolvido com um replicador de portas.

Para terminar, gostaria de mencionar uma funcionalidade que alguns utilizadores podem achar útil. Tem a ver com o leitor de cartões SD, que no meu caso seria essencial para editar fotografias tiradas com a minha câmara digital Panasonic. Em certas atividades profissionais, ainda se utilizam este tipo de produtos, apesar de se levar normalmente um smartphone no bolso. Poder transferir as fotografias da cartão de memória parece-me uma grande vantagem.