Portugal recebeu esta semana um apoio crucial no combate aos devastadores incêndios florestais que assolaram o país, com a oferta do envio de um avião especializado por parte da Ucrânia. O Governo português expressou o seu agradecimento ao Governo ucraniano, destacando a importância da solidariedade internacional neste momento crítico.

Os incêndios florestais, que destruíram grandes áreas no centro e norte de Portugal, consumiram já quase 150 mil hectares, colocando o país entre os mais afetados pela devastação na União Europeia. As regiões de Viseu Dão Lafões, Tâmega e Sousa foram particularmente atingidas, com milhares de hectares de floresta e terrenos agrícolas devastados.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, e a Ministra da Administração Interna, agradeceram pessoalmente ao Governo ucraniano, numa demonstração de reconhecimento pela rápida resposta da Ucrânia. Este apoio materializou-se com o envio de um avião AN-32P, uma aeronave especializada em combate a incêndios, com uma equipa de técnicos altamente treinados.

“A Ucrânia está solidária com o seu amigo Portugal”, afirmou Andrii Sybiga, o Ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, destacando a importância da cooperação entre os dois países em emergências. Seguindo instruções diretas do Presidente Volodymyr Zelensky, a Ucrânia não hesitou em disponibilizar meios para apoiar Portugal num dos períodos mais difíceis da sua história recente em termos de incêndios florestais.

Com o apoio internacional, as autoridades portuguesas conseguiram reduzir a gravidade dos incêndios nas últimas horas, mas as operações continuam no terreno, particularmente na zona de Castro Daire, onde ainda se mantêm 226 operacionais e dois meios aéreos. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) reportou uma significativa melhoria na situação, com o número de incêndios ativos a diminuir consideravelmente.