
50% das vítimas mortais resultam de colisões.
A Polícia de Segurança Pública (PSP), na prossecução das suas atribuições de prevenção e fiscalização no contexto da segurança rodoviária, tem-se preocupado especialmente com as infrações rodoviárias e com os comportamentos que causam distração nos condutores, uma vez que estes fatores potenciam a sinistralidade com impacto direto no sentimento de (in)segurança dos condutores e demais utentes dos principais eixos rodoviários.
Os dados da sinistralidade rodoviária, ainda que provisórios, referentes ao 1.º semestre de 2025, em comparação com o período homólogo de 2024, revelam uma diminuição quer no número de acidentes, quer no número de feridos e vítimas mortais:
- -1 202 acidentes
- -6 vítimas mortais
- -1 ferido grave
- -145 feridos leves
- -146 feridos no total
28 822403738 6349 007202527 620343728 4898 861
Relativamente às vítimas mortais nos acidentes ocorridos no 1.º semestre de 2025, 17 resultaram de situações de colisão, 12 de despistes e 5 de atropelamentos.

No que concerne à fiscalização rodoviária, de 1 de janeiro a 30 de junho de 2025, a PSP realizou, em todo o território nacional, 12 647 operações (+242 que no período homólogo de 2024), tendo fiscalizado 382 032 condutores (+34 890 que no período homólogo de 2024) e controlado 1 354 238 viaturas por radar (+110 882 que no período homólogo de 2024). No total foram registadas 128 174 contraordenações, o que equivale a uma média superior a 10 680 infrações por mês.
Das infrações registadas destacamos 24 481 por excesso de velocidade, o que corresponde a 19% do total das infrações registadas.
Foram efetuados 116 428 testes de alcoolemia, dos quais resultaram 2 325 autos de contraordenação por condução sob o efeito do álcool. Salientamos que, destas infrações, 516 dizem respeito a condutores aos quais se aplica a taxa reduzida de álcool (condutores com carta de condução há menos de 3 anos ou condutores profissionais), o que corresponde a 22% das infrações registadas por condução sob o efeito do álcool.
Destacamos ainda 13 724 infrações por falta de inspeção periódica obrigatória, 4 815 por falta de seguro de responsabilidade civil, 3 337 por uso do telemóvel durante o exercício da condução, 1 448 por falta do uso do cinto de segurança e 710 por falta do uso de sistemas de retenção.
No mesmo período foram ainda efetuadas 4 827 detenções por crimes rodoviários, nomeadamente 2 717 por condução em estado de embriaguez e 2 110 por condução sem habilitação legal.
Atualmente, o fator humano do comportamento é reconhecido como a condição mais relevante para a ocorrência da maioria dos acidentes de viação, seja por infração e/ou desrespeito pelas regras e sinais de trânsito, seja perante um acontecimento inesperado. Sendo os cenários urbanos altamente dinâmicos, com múltiplos utilizadores da rodovia em constante movimento, o comportamento dos condutores constitui fator fundamental para continuar esta tendência de diminuição da sinistralidade rodoviária.
A PSP, como ator fundamental no sistema de prevenção rodoviária, apela a todos os condutores para que conduzam em segurança, adaptando a sua condução às condições meteorológicas e ao estado da via.
Alertamos para que não adotem comportamentos que possam diminuir as suas capacidades de condução, como conduzir em excesso de velocidade ou sob o efeito do álcool e/ou de substâncias psicotrópicas, ou que sejam suscetíveis de causarem distrações, como o uso do telemóvel durante a condução.
Relembramos todos os condutores que não devem conduzir em velocidade excessiva, especialmente na aproximação de passadeiras ou de zonas com grande fluxo de peões. Este fator impossibilita uma imobilização, em segurança, das viaturas, podendo originar um embate. Apelamos também a todos os condutores e passageiros que usem os elementos de segurança passiva – cintos de segurança, sistemas de retenção, capacetes. Apesar de não evitarem acidentes, reduzem o impacto e o risco de ferimentos e/ou sequelas em caso de colisão.
Por fim, relembramos que os comportamentos irresponsáveis na estrada não colocam em perigo apenas a vida de quem conduz, mas de todos os utentes da via, pelo que a segurança rodoviária depende de todos.
Só com uma condução responsável e segura por parte de todos os utilizadores das rodovias será possível diminuir a sinistralidade.