
A cidade de Santarém prepara-se para receber, entre os dias 4 e 7 de setembro, a 64.ª edição do Festival Internacional de Folclore “Celestino Graça”, um dos mais prestigiados eventos culturais da região e do país, que ao longo de mais de seis décadas tem projetado a identidade ribatejana para o mundo. Criado em 1959 no âmbito da Feira do Ribatejo e batizado em 1995 com o nome do seu fundador, o etnógrafo Celestino Graça, o festival é hoje reconhecido como uma verdadeira festa das artes e tradições populares.
Este ano a programação ganha particular relevo ao assinalar o 50.º aniversário do falecimento de Celestino Graça, homenageando a memória de uma figura ímpar na promoção da cultura popular. A organização, a cargo do Grupo Académico de Danças Ribatejanas, volta a reunir centenas de participantes nacionais e estrangeiros, num evento que se estima atrair cerca de 25 mil espectadores.
O cartaz integra grupos vindos do Brasil, Cabo Verde, Equador, Estados Unidos da América, Eslováquia e Sérvia, a que se juntam formações portuguesas de várias regiões, incluindo o Minho, Douro Litoral, Beira Litoral e Ribatejo. Para além das Galas na Casa do Campino, com entradas pagas, o festival contará com uma vasta programação paralela que inclui exposições, animação de rua, colóquios, espetáculos solidários, mostras de instrumentos tradicionais, o Festival do Petisco Ribatejano e a já emblemática Mostra de Fandangos.
O orçamento da edição de 2025 ronda os 65 mil euros, assegurado através de apoios da Câmara Municipal de Santarém, da União de Freguesias, da Fundação INATEL, de vários patrocinadores e ainda das receitas próprias resultantes da bilheteira, tasquinhas e contributos da Liga dos Amigos do Festival. A logística envolve perto de 50 voluntários, responsáveis por acolher mais de uma centena de participantes estrangeiros, garantindo alimentação, alojamento e condições de conforto.
Ao longo da sua história o Festival Celestino Graça já recebeu grupos de mais de cinquenta países de todos os continentes, afirmando-se como uma referência na valorização do folclore e da cultura popular. Santarém volta assim a ser palco privilegiado da diversidade cultural mundial, preservando a memória do seu fundador e celebrando a riqueza das tradições que unem povos e gerações.