O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, evocou este domingo a memória do arquiteto Nuno Portas, falecido aos 90 anos, considerando-o uma das personalidades «mais visionárias e brilhantes» da vida académica, cultural, política e social portuguesa da segunda metade do século XX. A nota foi publicada no portal oficial da Presidência da República.

«Deixou-nos hoje uma das personalidades mais visionárias e brilhantes da vida académica, cultural, política e social da resistência de inspiração católica dos anos 50, 60 e 70 do século passado: Nuno Portas», lê-se no comunicado.

Marcelo Rebelo de Sousa destaca o percurso do arquiteto como «notável» em várias áreas, salientando o seu contributo como «arquiteto, professor, urbanista, animador de movimentos artísticos, culturais em geral, cívicos, políticos e sociais». Sublinha ainda o papel ativo de Nuno Portas desde o período da oposição à ditadura até às primeiras décadas da democracia.

O Chefe de Estado refere-se ao arquiteto como uma «personalidade visceralmente solitária» que, apesar disso, «dedicou-se à comunidade e deixou discípulos muito diversificados em todos os domínios em que foi excecional».

Na mesma nota, o Presidente da República apresenta à família de Nuno Portas «as mais respeitosas, gratas e amigas condolências».