
O Plano de Prevenção de Riscos de Corrupção e Infrações Conexas do Município de Santarém foi aprovado por maioria, com dois votos contra da bancada do CHEGA, em sessão da Assembleia Municipal, na noite de quarta-feira, 30 de abril.
O partido CHEGA voltou a estar no centro da discussão, com o deputado Manuel Inês a referir que os votos contra do partido tem como motivo o não entendimento da aplicação do plano e como o documento impede alguém de corromper ou de ser corrompido e pelo facto de não ter sido pedido o contributo do CHEGA relativamente à elaboração do plano.
Da bancada parlamentar do CDS surgiram críticas à posição do partido mais à direita, com Pedro Melo a referir que é “demagogia no seu esplendor”. Jorge Rodrigues afirmou que a posição que o CHEGA tem apresentado em relação a um plano com “ações fundamentais para prevenir atos de corrupção e promover uma cultura de ética na administração revela o que o partido é: um partido de slogans vazio de propostas e incapaz de contribuir de forma séria para o debate das soluções que o município e o país precisam”, acusando ainda os autarcas do CHEGA de não terem apresentado contributos e de votarem contra “porque sim”.
Na bancada do PS, Rui Barreiro explicou que este plano decorre de uma obrigação legal do município, e que contaria com os votos favoráveis dos deputados socialistas.
O presidente da Câmara, João Leite, foi o último a intervir referindo que o documento já foi retirado da ordem de trabalhos em dezembro e nos cinco meses que separaram os dois momentos “quem está na política de forma ativa de uma forma coerente e transparente teve mais do que tempo para apresentar propostas alternativas”. O edil de Santarém deixou ainda críticas duras ao partido CHEGA e à posição que o partido tem apresentado.
“Hoje, nesta assembleia municipal, o partido CHEGA dá um importante contributo à democracia – clarificar a sua verdadeira razão de existência. É um verbo de encher que em nada contribui para o desenvolvimento do nosso território e esta atitude de quem todos os dias enche a boca com a palavra anticorrupção dá um contributo exatamente ao contrário no concelho de Santarém”, criticou o presidente da Câmara.