O espírito, a autenticidade e a alegria da quadra natalícia que outrora pairava nas aldeias do concelho de Pampilhosa da Serra e na vila, continuam vivos, a orgulhar a população e a contagiar visitantes de todas as idades, adianta em nota a autarquia.

De 11 a 22 de dezembro, esta foi a “maior e a melhor edição de sempre do Natal Serrano”, registou o presidente da Câmara de Pampilhosa da Serra, Jorge Custódio, acrescentando que isso “só foi possível porque toda comunidade se envolveu como há muitos anos não se via”.

“De braços abertos e com a simpatia e dedicação de sempre, dezenas de homens e mulheres no festival da filhó espichada, as freguesias, os ranchos, o grupo musical fraternidade pampilhosense, os artesãos e toda a organização, arregaçaram as mangas e quiseram mostrar a todos os que nos visitaram o que é que é esta alma e esta gente serrana”, expressou Jorge Custódio.

Ainda sem o número total de visitantes apurado, para trás ficaram “12 dias com milhares de famílias, amigos, escolas e instituições a partilharem o ambiente único do Natal Serrano”. Mais de mil jovens de oito concelhos e cerca de centena e meia de seniores de várias instituições, levaram para casa memórias inesquecíveis e deixaram uma certeza: o brilho do Natal Serrano é para todas as gerações e continua a conquistar novos públicos e visitantes de todo o país.

Os concertos de Zé Amaro (13 dez.), Quim Barreiros (14 dez.), Quim Roscas & Zeca Estacionâncio (20 dez.) e Sons do Minho (21 dez.) encheram o célebre Largo das Festas do evento – que este ano aumentou de dimensão -, e proporcionaram momentos memoráveis, num cartaz complementado com atuações de artistas locais, ranchos folclóricos concelhios e muita animação itinerante. Ontem, dia 22 de dezembro, o concerto de encerramento do evento teve uma vez mais a batuta do Grupo Musical Fraternidade Pampilhosense.

O espetáculo multimédia “Pampilhosa da Serra, do Natal e do Mundo”, foi uma das novidades marcantes deste ano. Apresentado em cinco ocasiões, tratou-se de uma “viagem” de descoberta das celebrações natalícias em vários pontos do mundo, que misturou música, coreografias vibrantes e pirotecnia, sem esquecer o espírito de Natal e o fulgor das tradições que no coração da serra ainda se sentem de forma intensa. Nesta história de união e esperança, destacou-se a participação da comunidade e de associações concelhias, o que tornou as atuações ainda mais autênticas e especiais.

A fogueira, o Mercadinho de Natal, com 30 expositores de artesãos e produtores da Região, uma Eira da Brincadeira com uma pista de gelo ecológica que apaixonou crianças e jovens, e um Festival da Filhó Espichada cada vez mais apurado, voltaram a ser a luz da “casa” de Natal mais genuína e acolhedora.

As petisqueiras, tasquinhas e o “Cantinho da Merenda”, deram um tempero especial a uma celebração que tem o dom de recuperar a verdadeira magia, simplicidade e aconchego desta época. O Natal Serrano voltou a afirmar-se como diferente dos demais e continua a impedir a entrada do Pai Natal ou tendências comerciais, fazendo os visitantes regressar a um tempo, que, afinal, nunca partiu.