
A Câmara Municipal de Azambuja marcou presença na edição de 2025 da Feira Nacional de Agricultura, que decorre em Santarém, integrada no stand da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. O município aproveitou a ocasião para dar a conhecer algumas das suas tradições, produtos locais e estratégias de promoção do território, numa mostra que conjugou identidade cultural e inovação.
O Presidente da Câmara Municipal, Silvino Lúcio, salientou a relevância desta presença num certame de dimensão nacional: “Estar na Feira Nacional de Agricultura é, para nós, uma oportunidade única de mostrar o que Azambuja tem para oferecer, tanto ao nível das tradições como das novas apostas. É também uma forma de reforçar o trabalho conjunto com os restantes municípios da Lezíria do Tejo.”
A representação de Azambuja incluiu elementos distintivos da identidade local, como a cana rachada, instrumento tradicional presente nos ranchos folclóricos do concelho, e os Avieiros, representando a vivência ribeirinha e a arte de pescar no Tejo. “Trouxemos para esta feira aquilo que nos caracteriza: a força da nossa cultura popular, a ligação ao rio e às tradições que continuam bem vivas”, destacou o autarca.
Entre os produtos em evidência, o destaque foi para o novo doce local, o Torricadoce, que tem conquistado os visitantes. “É uma criação do Centro Social e Paroquial de Azambuja. As pessoas têm mostrado muito interesse, está a ser um verdadeiro sucesso. É doce, apetitoso e representa mais uma inovação gastronómica nascida no nosso território”, referiu Silvino Lúcio.
O presidente abordou também o esforço que tem sido feito no desenvolvimento do turismo local. “Temos vindo a trabalhar em várias frentes, como a valorização do Tejo com o percurso de barco Vala Real e a promoção da gastronomia típica, especialmente aquela ligada ao rio, com pratos que o Porto da Palha tão bem sabe apresentar.”
Ainda assim, reconhece que há desafios a superar: “Temos de criar produto turístico que ocupe um dia completo, para captar quem nos visita a partir de Lisboa. E depois precisamos de uma maior oferta de alojamento. Temos algumas unidades de turismo rural e alojamento local de qualidade, mas são insuficientes.”
Sobre a necessidade de reforçar a capacidade hoteleira no concelho, Silvino Lúcio foi claro: “Precisamos de mais camas. Há pessoas interessadas em investir, temos tido contactos, mas é essencial garantir que existe retorno. Quem chega à Azambuja deve poder pernoitar cá, conhecer, consumir e levar consigo um pouco do que somos.”
O autarca falou ainda da importância estratégica do rio Tejo, não só como património natural e cultural, mas também como vetor económico. “O Tejo sempre foi uma grande via de comunicação. Hoje, há condições para recuperar essa função, tanto para transporte de mercadorias como para turismo. Criar mais dinamismo em torno do Tejo pode ser uma mais-valia enorme para Azambuja e para toda a região.”
Concluiu sublinhando a importância de continuar a apostar nestes momentos de promoção do concelho. “Estas feiras são verdadeiras montras. Temos de estar presentes, temos de mostrar quem somos. Azambuja tem muito para oferecer e este é o caminho para atrair mais visitantes, mais investimento e mais reconhecimento.”