
Morreu esta manhã o Papa Francisco, com 88 anos.
O Papa, nascido Jorge Mario Bergoglio, sofreu de doença pulmonar, o que o levou a estar internado durante mais de um mês. O internamento iniciou-se no dia 14 de fevereiro, altura em que uma crise de bronquite se agravou, transformando-se numa pneumonia bilateral. Abandonou o hospital a 22 de março.
Francisco (em latim: Franciscus), S.J., nascido Jorge Mario Bergoglio (Buenos Aires, 17 de dezembro de 1936), foi um sacerdote católico que serviu como o 266º Papa e soberano do Estado da Cidade do Vaticano, além de ser o primeiro Bispo de Roma a ser membro da Companhia de Jesus (Jesuítas), o primeiro das Américas, o primeiro do Hemisfério Sul, o primeiro pontífice não europeu em mais de 1.200 anos (o último havia sido o sírio Gregório III, morto em 741 e o primeiro papa a utilizar o nome de Francisco.
Tornou-se arcebispo de Buenos Aires em 28 de fevereiro de 1998 e foi elevado ao cardinalato em 21 de fevereiro de 2001 — véspera da festa da Cátedra de São Pedro — com o título de Cardeal-presbítero de São Roberto Belarmino, por São João Paulo II. Foi eleito papa em 13 de março de 2013.
Ao longo de sua vida pública, o Papa Francisco destacou-se pela sua humildade, ênfase na misericórdia de Deus, visibilidade internacional como papa, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso.

Era conhecido por ter uma abordagem menos formal ao papado do que seus antecessores, por exemplo, escolhendo residir na casa de hóspedes Domus Sanctae Marthae, em vez de nos aposentos papais do Palácio Apostólico usados por papas anteriores. Defendeu sempre que a Igreja deve ser mais aberta e acolhedora.
Não apoiava o capitalismo desenfreado, o marxismo ou as versões marxistas da teologia da libertação. Francisco mantém as visões tradicionais da Igreja em relação ao aborto, casamento, ordenação de mulheres e celibato clerical. Estava contra o consumismo e apoiava a ação sobre as alterações climáticas, foco do seu papado com a promulgação de Laudato si’.
Na diplomacia internacional, ajudou a restaurar temporariamente as relações diplomáticas completas entre os Estados Unidos e Cuba e apoiou a causa dos refugiados durante as crises migratórias da Europa e da América Central. Desde 2018, era um oponente do neo-nacionalismo.
O seu papado deu ênfase ao combate dos abusos sexuais por membros do clero católico, tornando obrigatórias as denúncias e responsabilizando quem as omite.