De acordo com uma análise recente publicada pelo idealista, o mercado de arrendamento em Portugal registou mudanças profundas nos últimos cinco anos, desde o início da pandemia de Covid-19 em 2020. Os dados revelam um crescimento substancial tanto na oferta como na procura, embora esta última tenha superado largamente a primeira, alimentando a escalada dos preços.

No primeiro trimestre de 2025, estavam disponíveis para arrendamento 38.184 casas em todo o território nacional, representando um aumento de 72% face a 2020. No entanto, a procura por imóveis para arrendar cresceu ainda mais — cerca de 81% — evidenciando o desequilíbrio entre oferta e procura.

As rendas também acompanharam esta tendência, com uma subida de 43% nos últimos cinco anos. Em março de 2025, o preço médio de arrendamento atingiu os 16,6 euros por metro quadrado, um valor recorde que acentua as dificuldades de acesso à habitação, especialmente nas zonas urbanas.

Lisboa continua a liderar o mercado nacional, com mais de 10 mil imóveis disponíveis para arrendar e um aumento de 32% na oferta desde 2020. O Porto surge em segundo lugar, com mais de 5.500 casas no mercado. Cidades como Bragança, Viseu e a própria Invicta viram o seu stock de arrendamento de longa duração mais que duplicar neste período.

Outro dado relevante aponta que, em 12 das 18 maiores cidades portuguesas, a procura por arrendamento mais do que duplicou nos últimos cinco anos, revelando uma pressão crescente sobre o mercado urbano e a urgência de políticas públicas eficazes para garantir o acesso à habitação.