
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou o almirante Henrique Gouveia e Melo com as insígnias da Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo, sublinhando o seu papel determinante em crises como a pandemia da covid-19 e os incêndios de 2017. A cerimónia decorreu na sala dos Embaixadores, no Palácio de Belém, em Lisboa, logo após a tomada de posse do novo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Nobre de Sousa, que sucede a Gouveia e Melo no cargo.
Durante a cerimónia, Marcelo destacou que esta condecoração “ultrapassa o mero proforma”, reconhecendo o mérito excecional de Gouveia e Melo enquanto chefe do Estado-Maior da Armada. O Presidente enalteceu o “toque pessoal muito específico” que o almirante trouxe ao cargo, resultado de uma carreira rica e marcada por desafios e inovações.
Marcelo salientou que Gouveia e Melo soube aproveitar a experiência adquirida ao longo de anos de serviço, integrando contactos internacionais, fortalecendo a cooperação com a academia e a indústria de Defesa e promovendo a modernização tecnológica na Armada, com destaque para a implementação de sistemas não tripulados, como ‘drones’.
Outro ponto relevante abordado pelo Presidente foi o percurso do almirante como submarinista e porta-voz das Forças Armadas, funções que lhe proporcionaram um contacto privilegiado com a sociedade civil e uma compreensão apurada do fenómeno mediático em transformação em Portugal. Estas vivências prepararam Gouveia e Melo para enfrentar algumas das crises mais desafiadoras do país.
Entre os momentos marcantes da sua liderança, Marcelo destacou o papel crucial na coordenação do plano de vacinação contra a covid-19, que foi amplamente reconhecido pela eficácia e impacto positivo na gestão da pandemia em Portugal. Além disso, relembrou a atuação do almirante durante os devastadores incêndios de 2017, onde as Forças Armadas desempenharam um papel vital no apoio às populações e no combate às chamas.
Marcelo concluiu que o percurso de Gouveia e Melo representa um “somatório de circunstâncias e desafios” que definiu um exercício de funções singular e profundamente relevante, não só para a Armada e as Forças Armadas, mas também para Portugal enquanto nação. A condecoração, segundo o Presidente, simboliza o reconhecimento nacional de um trabalho excecional e de enorme impacto coletivo.