Mais de uma centena de crianças de jardins de infância e escolas do 1.º ciclo do concelho de Setúbal participaram, na manhã desta terça-feira, na iniciativa “Hora de Brincar”, promovida no Jardim da Algodeia. Uma celebração do direito fundamental das crianças ao brincar, numa cidade que se quer cada vez mais educadora e amiga da infância.

A ação surgiu no âmbito do Dia Internacional do Brincar, assinalado a 11 de junho, e resultou de um desafio lançado pela Rede Territorial Portuguesa das Cidades Educadoras, do qual Setúbal faz parte. A resposta foi clara: abrir espaço, tempo e liberdade para as crianças poderem explorar a sua criatividade ao ar livre, num ambiente natural e descontraído.

A Câmara Municipal de Setúbal aderiu à proposta e convidou os estabelecimentos de ensino do pré-escolar e 1.º ciclo a levarem os alunos ao Jardim da Algodeia, onde foram disponibilizados diversos objetos e jogos, mas sem regras impostas. O objetivo era simples e poderoso: deixar as crianças escolherem como brincar.

A atividade contou com a presença do presidente da autarquia, André Martins, da vice-presidente Carla Guerreiro, da vereadora da Educação, Rita Carvalho, e ainda da presidente da União das Freguesias de Setúbal, Fátima Silveirinha, que acompanharam de perto as dinâmicas e a energia contagiante das crianças. O momento foi também uma afirmação clara de uma política municipal que valoriza o desenvolvimento integral da criança.

Durante a manhã, os pequenos participantes transformaram o jardim num laboratório vivo de imaginação e movimento, provando, mais uma vez, que brincar não é um luxo, mas sim uma necessidade essencial ao crescimento saudável.

A data comemorativa foi instituída em 2024 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, com o propósito de alertar a comunidade internacional para a urgência de proteger o tempo e o espaço de brincar das crianças, em especial nas cidades onde o ritmo urbano tende a roubar-lhes essa liberdade.

Num mundo cada vez mais acelerado e digital, a “Hora de Brincar” em Setúbal assume-se como um gesto simples, mas com profundo impacto: devolver às crianças o seu tempo e o seu espaço para serem exatamente isso — crianças.