Contrariando o decreto emitido ontem pelo Conselho de Ministros, a adesão ao luto nacional instituído para sexta-feira, dia 20 de setembro, foi parcial em Portalegre, com a Junta de Freguesia e uma área do município a não cumprirem a medida na totalidade.

O Governo decretou o luto nacional “em articulação com o Presidente da República” para “expressar em nome do povo português” o “profundo pesar e solidariedade para com as vítimas trágicas”. O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, referiu que o luto pretendia homenagear as vítimas dos grandes incêndios que afetaram o centro e norte de Portugal.

Leitão Amaro agradeceu ainda “a todos que ainda combatem” e obteve uma “resposta rápida na recuperação e o apoio aos impactos afetados, às empresas, às autarquias, às corporações de bombeiros e a todos aqueles que sofreram estes mais de perto de grandes incêndios”.

As fotografias que se seguem, todas tiradas por volta das 17h, mostram que as bandeiras que figuram na Junta de Freguesia de Portalegre, presidida por Raquel Castelo, e na rotunda dos supermercados, não estavam à meia haste, como estipulado. Em outras zonas do município, a bandeira foi colocada à meia haste, gerando confusão e indignação entre os habitantes.

Até ao momento, nem Fermelinda Carvalho, presidente da Câmara Municipal de Portalegre, nem Raquel Castelo, presidente da Junta de Freguesia de Portalegre, comentaram as razões para o cumprimento parcial do luto nacional, levantando dúvidas sobre a postura institucional num momento de crise.

No entanto, acredita-se que este incumprimento se possa tratar de um erro ou de uma falha na comunicação, dado o contexto sensível da situação.