Apesar de no sábado passado a libertação de reféns ter sido feita sem qualquer transtorno, de acordo com o que o porta-voz do Hamas comunicou, através da rede social Telegram, o Hamas vai adiar, até ordem em contrário, a libertação de reféns israelitas do próximo sábado. No Telegram, Abu Obeida, porta-voz, justifica a decisão do Hamas com as “falhas de Israel no cumprimento dos termos do acordo” de cessar-fogo, que inclui os bombardeamentos em Gaza e a pouca ajuda humanitária.

Em comunicado, o Hamas afirma que tendo em conta as “violações inimigas” dos termos do acordo de cessar-fogo, “a entrega dos prisioneiros sionistas, cuja libertação estava prevista para o próximo sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até nova ordem”, confirmou em comunicado.

Depois do anúncio do Hamas, Israel rapidamente reagiu dizendo que o adiamento da libertação dos reféns significa uma “violação total” do acordo de tréguas, previamente estabelecido.

Sem o avanço da segunda fase das negociações, o cessar-fogo ainda não é garantido e ainda corre o risco de falhar. O ministro da Defesa israelita, Israel Katz acusa o Hamas de violarem os termos do acordo e já deu instruções ao exército para que se “prepare, com nível máximo de alerta” para qualquer que seja o cenário em Gaza com o objetivo de proteger as comunidades.

As famílias dos reféns também reagiram ao anúncio do Hamas e apelaram a que seja retomado o acordo de cessar-fogo, pedindo ao governo, através do Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos Israelitas, que se “abstenha de ações que prejudiquem a concretização do acordo”,