A riqueza cultural do povo cigano é o tema central do Festival de Cinema Periferias, marcado para agosto em Marvão e Valência de Alcântara, unindo os dos lados da fronteira ibérica, entre o Alentejo e a Extremadura.

A 13.ª edição do Periferias, hoje apresentada em Lisboa, tem como objetivo “aproximar a história e a cultura cigana, além de reconhecer as contribuições do povo cigano à sociedade, através das artes cénicas e audiovisuais”, através do cinema e da música.

Entre as escolhas anunciadas estão, por exemplo, o documentário “Chaplin, espírito cigano” (2024), de Carmen Chaplin, sobre a herança cigana do ator britânico, o filme “A guitarra flamenca de Yeray Cortés”, do madrileno Antón Álvarez (C. Tangana), e “Entrelaçadas pela interseccionalidade”, do Coletivo Cala.

O festival Periferias foi criado em 2013 com o objetivo de descentralizar a oferta cultural, em particular em localidades onde não existem salas de cinema, sendo programado pela Associação Cultural Periferias (Portugal) e Gato Pardo (Espanha).

Apesar de estar marcado de 08 a 16 de agosto em Marvão (Portalegre) e Valência de Alcântara (Cáceres), o Periferias estende os braços da programação cultural nas próximas semanas a várias localidades próximas: Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Cáceres, Anconchel e La Fontañera.

De acordo com a organização, as extensões do Periferias começam em Arronches (Portalegre) com sessões na sexta-feira e no sábado, com os filmes “Flow”, de Gints Zilbalodis, e “Deuses de Pedra”, de Iván Castiñeiras Gallego, e com o concerto do grupo Os Sabugueiros.

Entre os filmes escolhidos este ano para o Periferias estão “A vida Luminosa”, de João Rosas, “Coro: 60 anos do Coro Gulbenkian”, de Edgar Ferreira, “O quarto ao lado”, de Pedro Almodóvar, e “Selvagens”, de Claude Barras.

Toda a programação poderá ser consultada em festivaperiferias.com.