A instalação de novas indústrias no concelho «é desejável, no entanto a realidade dos parques industriais existentes não é compatível com as necessidades da indústria pesada, que se instala por todo o concelho sem o necessário enquadramento diretor e respetiva supervisão». A declaração é de Sílvio Sousa, após uma reunião com o Site-Norte, sindicato que representa todos os setores ligados à indústria. No encontro, o candidato da CDU à presidência da Câmara Municipal também defendeu «o fim da errada política de baixos salários, que alimentam os lucros escandalosos de alguns».

Sílvio Sousa diz ser «imperioso que o município fique mais atento ao ordenamento do território, respeitando o ambiente e as suas comunidades. Queremos o progresso do concelho e das populações, mas V.N. de Famalicão não pode estar sujeito a saque ou ao vale tudo».

Classificando a indústria famalicense como «vibrante, diversificada e altamente orientada para a exportação, tão necessária para a evolução da economia», aponta que para além de benefícios fiscais ou outros, «o motivo central que determina a escolha destas empresas é a elevada capacidade, adaptabilidade e resiliência dos trabalhadores famalicenses». Estes, segundo Sílvio Sousa, «em muitas situações, enfrentam sofríveis condições de trabalho, nível salarial menos compensador» e uma proteção social que «não é compatível com a elevada produção e os lucros que estes geram».

O candidato, acompanhado por João Malheiro e Madalena Soares, da Comissão Coordenadora concelhia da CDU, recebido na sede de Famalicão do Site-Norte, garantiu aos dirigentes sindicais que os trabalhadores famalicenses são a sua principal prioridade, reconhecendo-os «como o pilar da capacidade do concelho de gerar e atrair riqueza». Por isso, defende que «é tempo de reconhecer a quem trabalha o direito a viver com dignidade e aspirar à melhoria das suas condições de vida».