
Amadeu Dinis, presidente da CIOR e da Associação Nacional de Escolas Profissionais apelou, mais uma vez, para a necessidade premente do Ensino Profissional, ministrado por entidades privadas, «ser uma expressão inequívoca de política pública e de forma alguma uma segunda linha do sistema educativo»; entende que deve ser, cada vez mais, assumido como uma responsabilidade do Estado; com inserção/inscrição no Orçamento do Estado, no sentido de ser «garantido o bom princípio da previsibilidade, bem como a necessária valorização das carreiras profissionais dos professores, formadores e técnicos verdadeiros construtores e alma das Escolas, dos seus Projetos Educativos e do sucesso dos Alunos», avisa.
O dirigente famalicense falava nas Jornadas Pedagógicas da ANESPO, que decorreram nos dias 10 e 11, na Escola de Hotelaria de Fátima, sobre o tema “O triângulo virtuoso do ensino profissional: Qualificação/ Inovação / Inclusão». Mais de 200 participantes de escolas profissionais do país, debateram assuntos, problemáticas e desafios relacionados com a escola como instituição multicultural; a inteligência artificial no processo de ensino/aprendizagem; a escola como espelho da sociedade envolvente; telemóveis e redes sociais; partilha de boas-práticas e metodologias e a escola como espelho da sociedade e envolvente.
Amadeu Dinis salientou, ainda, que, «há mais de 35 anos para cá, as Escolas Profissionais têm contribuído, de forma inquestionável, para o desenvolvimento do país, das regiões, dos territórios e dos portugueses nas diferentes escalas e dimensões, tendo a educação, a formação e qualificação de milhares de jovens como missão, tudo feito numa permanente e estreita relação de parceria com os diferentes setores do tecido socioeconómico e empresarial e com todos os atores locais e regionais, contribuindo, desta forma, para a coesão social, progresso e sustentabilidade territorial».
A sessão de abertura contou com a participação do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Alexandre Homem Cristo, do presidente da ANESPO e diretor da CIOR, Amadeu Dinis, do presidente do Município de Ourém, Luís Miguel Albuquerque, e do diretor da INSIGNARE, Pedro Major, bem como responsáveis e representantes de diferentes organismos governamentais ligados ao ecossistema da educação e ensino profissional.
Para Amadeu Dinis, estes são sempre «momentos esperados por todos e espaço de encontro propício à reflexão, ao debate, à partilha e ao compromisso. Momentos para questionar, procurar respostas e soluções ajustadas aos múltiplos problemas e desafios que as Escolas e os seus projetos educativos enfrentam, nunca descurando as especificidades e virtuosismo do seu modelo/projeto educativo».