A FACIT – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Tábua arrancou ontem (25) com a expectativa de “atingir o maior número de pessoas”. Nesta “grande edição da FACIT”, a Câmara Municipal de Tábua “apostou no alargamento do recinto, mas também na segurança”.

Na inauguração do certame, Ricardo Cruz desejou “bons negócios”, frisando que a iniciativa está “preparada para conciliar” a vertente “empresarial, com mais de 130 stands e mais de 90 empresas”, e a “parte cultural, recreativa e de animação”.

Segundo o presidente do Município de Tábua, “houve um cuidado redobrado com o layout” da feira para proporcionar o maior conforto aos milhares de visitantes que são esperados até domingo (29).

O edil reforçou que o “recinto foi preparado com todo o gosto” para receber até 12 mil pessoas diárias. Quanto ao espaço de restauração, Ricardo Cruz adiantou que esse mesmo edifício criado para o efeito “vai ficar definitivamente” para auxiliar também em eventos futuros.

A representar a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Luís Filipe deu as “boas-vindas à região centro” e elogiou a FACIT que, no seu entender, “é uma demonstração da dinâmica económica do território”. “Esta feira é uma promoção do saber fazer local”, disse, desejando “um bom certame”.

Município pretende criar mais 30 lotes na Zona Industrial de Tábua

Na ocasião, o presidente da autarquia avançou que “o Município, a CCDRC e a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra estão já a trabalhar para rasgar o Multiusos ao criar mais 30 lotes na Zona Industrial de Tábua”. Segundo explicou, há já uma verba de 1 milhão de Euros para uma primeira fase de candidatura. A intenção é, depois, “fazer um corredor verde até ao Estádio Municipal, criando um parque urbano”, projeto esse representado no stand do Município na FACIT.

Secretário de Estado anunciou, em Tábua, medidas para tornar território “mais resiliente”

Convidado de honra da Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Tábua , Rui Ladeira, Secretário de Estado das Florestas, felicitou toda a organização por este evento que “cria negócios, cria oportunidades e mostra a vitalidade do concelho”. Considerou que os empresários “são a razão de ser” da FACIT.

O governante aproveitou o momento para dar conta de algumas medidas do Governo para tornar o território “mais resiliente” sobretudo no que diz respeito aos incêndios. Aliás, recordou que, em 2017, “arderam cerca de 9 mil hectares em Tábua”. É, por isso, “intenção do Governo proporcionar, a este setor [agrário], uma estratégia”. Deu como exemplo os 12 Condomínios de Aldeia em Tábua, num investimento de 500 mil Euros.

A nível nacional, avançou que o Governo reforçou o protocolo financeiro com as 415 equipas de sapadores que fazem “silvicultura preventiva”. Segundo Rui Ladeira, o apoio passou dos 25 milhões de euros para os 32 milhões.

Para combater o incendiarismo, as equipas multidisciplinares foram também aumentadas para “garantir resposta e defender o território”. Deu ainda conta do “plano de intervenção para a floresta”, no horizonte “2025-2050” para “criar valor e resiliência”. Referiu que a “estratégia está a ser delineada”, lamentando as “heranças indevisas” que têm sido um problema.

O Secretário de Estado das Florestas adiantou que “no quadro da CIM”, vão ser disponibilizados equipamentos, nomeadamente tratores, às Câmaras Municipais para gerirem “a rede viária florestal e limparem a faixas de combustão”. “Serão 50 milhões de Euros em equipamentos”, disse.