
A cidade de Évora recebe, no próximo dia 15 de junho, na Praça 1.º de Maio, uma unidade móvel de rastreio à obesidade. A iniciativa integra a tour nacional promovida pelas sociedades médicas SPEDM, SPEO e SPCO, pela associação de doentes ADEXO e pela farmacêutica Lilly Portugal.
A campanha, sob o mote «O corpo pode resistir à perda de peso», pretende sensibilizar para a obesidade enquanto doença crónica, estimular o diagnóstico precoce e incentivar a procura de acompanhamento médico adequado. O rastreio será realizado por um endocrinologista e um enfermeiro, estando disponíveis medições como o Índice de Massa Corporal (IMC) e outros indicadores de saúde.
A tour, iniciada a 23 de maio, decorre até 29 de junho, passando por várias cidades de norte a sul do país, incluindo Braga, Coimbra, Leiria, Faro, Almada e Lisboa. As ações decorrem aos fins-de-semana, entre as 10h00 e as 18h00.
José Silva Nunes, presidente da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade (SPEO), destaca a raridade de iniciativas de rastreio para a obesidade em Portugal, afirmando que estas contribuem para combater a desvalorização da doença. Carlos Oliveira, presidente da ADEXO, reforça que o rastreio é aberto a todos os cidadãos, independentemente de já terem diagnóstico ou não, e pode ser um ponto de partida para procurar ajuda.
Segundo Paula Freitas, presidente da SPEDM, a obesidade tem, na maioria dos casos, origem hereditária e biológica, exigindo um acompanhamento multidisciplinar. Já John Preto, presidente da SPCO, defende a importância da identificação precoce da doença e do combate ao estigma social, sublinhando a existência de tratamentos eficazes.
De acordo com os dados mais recentes, cerca de sete em cada dez portugueses têm obesidade ou excesso de peso. Esta condição está associada a mais de 200 outras doenças e a 13 tipos de cancro, sendo considerada uma das maiores ameaças à saúde pública.