De 28 a 30 de abril, Setúbal foi o centro da discussão internacional sobre o futuro da aquacultura, com a realização da conferência Aquaculture Horizons 2025, nas instalações do Instituto Politécnico de Setúbal (IPS). O evento reuniu mais de uma centena de participantes oriundos de 25 países, entre investigadores, profissionais e representantes da indústria, num encontro que reafirma a importância global da cidade no setor da produção sustentável de produtos do mar.

Na sessão de abertura, Paul Robert Van Der Heijden, membro do Conselho Consultivo da conferência, destacou o papel do IPS em proporcionar um espaço de partilha de conhecimento e inovação. Já Luísa Torre, diretora da Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, sublinhou o orgulho em acolher o evento, reforçando o compromisso da instituição com a sustentabilidade marinha, a economia azul e a formação qualificada, como é exemplo o Mestrado em Engenharia e Gestão de Aquacultura.

António Correia, presidente da Associação de Aquacultores de Setúbal e orador convidado, enfatizou o potencial regional e nacional na produção de bivalves como solução sustentável para a indústria alimentar. “A ostra é a única proteína animal com impacto positivo no meio ambiente e uma alternativa viável à produção tradicional de peixe”, afirmou, destacando a existência de 15 produtores com ambição de expansão significativa na região.

O programa da conferência incluiu workshops, estudos de caso, sessões de debate e apresentação de pósteres científicos, com cerca de 60 trabalhos de estudantes da Licenciatura em Tecnologias do Ambiente e do Mar. Também foram apresentados projetos inovadores, como a monitorização de ecossistemas com tecnologias IoT, a investigação sobre plantas halófitas e estudos sobre a produção de ostras no Estuário do Sado.

O evento foi promovido com o apoio de várias entidades do setor, do centro de investigação MARE no IPS e da Câmara Municipal de Setúbal, posicionando a cidade como um ponto estratégico de inovação na aquacultura mundial.