Nas últimas semanas têm sido diversas as bocas-de-incêndio ou marcos de água, que foram violados e desperdiçaram milhares de litros de água potável, isto porque são fáceis de aceder, e estão ao acesso de qualquer pessoa.

Embora a sua utilização devesse ser exclusiva das forças de socorro, sobretudo bombeiros que ali podem abastecer as suas viaturas, que estão equipadas com as chaves necessárias para a sua abertura, de acordo com a Águas do Ribatejo, essas chaves “poderão ser obtidas ou adquiridas com alguma facilidade”, o que permite que estas sejam vandalizadas por pessoas que pretendam abastecer-se de água, ou simplesmente praticar atos de vandalismo.

Nos últimos dias foram filmadas algumas situações dessas, no concelho de Almeirim, mas de acordo com a empresa responsável pelo abastecimento de água em diversos concelhos da Lezíria do Tejo, estas “são situações que ocorrem, não apenas em Almeirim, ou até na região servida pela Águas do Ribatejo, que inclui sete concelhos e uma área de 3200 km2, mas em todo o país”, não sendo possível contabilizar toda a água potável que é desperdiçada, e que muitas vezes não tem outro fim que não seja ficar derramada no solo.

“Sempre que temos conhecimento deste tipo de situações fazemos o que nos compete, que é apresentar queixa junto das autoridades competentes”, salienta a empresa, que lamenta que estas situações ocorram, sobretudo numa altura em que os apelos à poupança de água são diários.

Dada a sua utilização, essencial no âmbito da Proteção Civil, os marcos e bocas-de-incêndio não podem ser eliminados, pelo que a empresa apela à responsabilidade cívica de cada um para evitar o desperdício de água que pode ser utilizada para consumo humano.