O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, manifestou “enorme preocupação” com o aumento das construções ilegais no bairro da Penajoia, em Almada, sublinhando que o problema exige uma resposta urgente do Estado. A Câmara Municipal de Almada também já se pronunciou sobre a situação, destacando a necessidade de soluções concretas.

O governante revelou que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) acompanha de perto o caso e as barracas surgem tanto em terrenos do Estado como em áreas privadas. “Estamos a fazer o que nos compete: aumentar a oferta pública de habitação”, afirmou Miguel Pinto Luz, reforçando que o acesso à habitação digna é uma prioridade do Governo.

A presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, já havia alertado para a gravidade da situação, acusando o IHRU de não assumir a sua responsabilidade no realojamento das famílias afetadas. “A Câmara não foge às suas responsabilidades, mas também não pode assumir as dos outros”, declarou a autarca em reunião de câmara.

Os moradores do bairro da Penajoia vivem há meses numa situação de grande precariedade, com falta de eletricidade e dificuldades no acesso à água. O movimento Vida Justa denunciou recentemente que centenas de famílias ficaram sem luz antes do Natal, após o corte de abastecimento pela empresa responsável. Os residentes pedem um acordo entre a autarquia, o IHRU e a E-Redes para regularizar o fornecimento dos serviços essenciais.

A crise habitacional na Penajoia reflete um problema nacional, segundo o ministro, que insiste na necessidade de reforçar a oferta pública de habitação para evitar o crescimento de bairros ilegais. Enquanto Governo e autarquia tentam encontrar uma solução, as famílias do bairro continuam a viver em condições críticas, esperando uma resposta que traga estabilidade e dignidade às suas vidas.