O PS é o principal derrotado das eleições autárquicas no distrito de Portalegre, ao perder os municípios de Elvas e Alter do Chão e “falhar” a conquista da câmara capital de distrito, ganha pela coligação PSD/CDS-PP.

A CDU manteve, com maioria absoluta, os municípios de Monforte e de Avis, o último dos quais nas mãos dos comunistas ou outras coligações encabeçadas pelo PCP desde dezembro de 1976, quando se realizaram as primeiras eleições autárquicas após a Revolução dos Cravos de 25 Abril de 1974.

Dos 15 concelhos do distrito de Portalegre, os socialistas ‘seguraram’ Ponte de Sor, Gavião, Crato, Nisa, Sousel e Campo Maior), mas perderam as câmaras de Elvas, que era liderada por Nuno Mocinha, para o Movimento Cívico por Elvas, encabeçado pelo antigo autarca socialista José Rondão Almeida, e Alter do Chão, para a coligação PSD/CDS-PP, liderada por Francisco Miranda.

Das seis câmaras em que ganhou, o PS alcançou maiorias absolutas em cinco: Nisa, Ponte de Sor, Gavião, Campo Maior e Sousel.

O PSD venceu com maiorias absolutas nos concelhos de Fronteira, Arronches e Castelo de Vide, tendo, em coligação com o CDS-PP, alcançado também maiorias absolutas nos concelhos de Marvão e Alter do Chão.

Face às autárquicas de 2017, quando ficou com quatro municípios, o PSD (sozinho ou em coligação com CDS-PP) subiu, passando agora a deter a presidência de seis câmaras.

Na capital de distrito, Portalegre, uma das ‘surpresas’ da noite eleitoral, a coligação PSD/CDS-PP liderada por Fermelinda Carvalho saiu vencedora.

Fermelinda Carvalho obteve três eleitos e terminou com um ciclo de dois mandatos de Adelaide Teixeira, eleita pela Candidatura Livre e Independente por Portalegre (CLIP).

Outro dos derrotados da noite eleitoral nesta capital de distrito alentejana, conseguindo só dois mandatos, foi o candidato do PS, Luís Moreira Testa, que é deputado na Assembleia da República, eleito pelo círculo eleitoral de Portalegre.

A CLIP conseguiu os restantes dois mandatos na Câmara de Portalegre.

De acordo com a página de Internet da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna consultada pela agência Lusa, votaram 63,22% dos 94.729 eleitores inscritos.

O partido Chega concorreu a 13 das 15 câmaras, tendo obtido no global do distrito 5,04%, sendo que em Ponte de Sor foi a terceira força mais votada – sem que isso tenha valido qualquer mandato -, atrás de PS e PCP-PEV, mas à frente da coligação PSD/CDS-PP e Bloco de Esquerda (BE).

Em Elvas, o Chega conseguiu melhor resultado do que a CDU (9,76 contra 3,85) e em concelhos como Campo Maior, Alter do Chão, Ponte de Sor ou Portalegre ficou atrás do PCP-PEV, mas à frente do BE.

Já no concelho de Crato, que continua a ser governado pelo PS, o Nós, Cidadãos!, encabeçado pelo antigo autarca socialista José Correia da Luz, conseguiu um mandato.