"Não é lá muito correto, porque há 104 pessoas na Madeira que fizeram exatamente o mesmo que os tais 40 mil e não sei quantos [os 40.604 militantes com as quotas em dia que puderam votar na segunda volta de hoje], portanto têm o direito a votar", afirmou Rio em declarações aos jornalistas à chegada ao hotel do Porto onde vai acompanhar a noite eleitoral do partido.

Sustentando que, "da forma como fizeram, essas pessoas ficaram sem o direito a votar, e elas cumpriram direitinho como todos os demais", o ainda líder do PSD considerou que tal "era desnecessário": "Não acho bonito isso, não acho bonito. Também muitas vezes há, em eleições nacionais, boicotes às mesas e as pessoas não podem votar, também acontece, mas aqui era desnecessário", sustentou.

Depois de todos os votos da primeira volta na Região Autónoma da Madeira terem sido considerados nulos pelo Conselho de Jurisdição Nacional (CJN), por discrepâncias com o caderno eleitoral oficial, a estrutura regional decidiu não vai abrir as sedes para a segunda volta, considerando que isso seria uma "humilhação" para os militantes sociais-democratas do arquipélago.

O presidente do PSD, Rui Rio, e o antigo líder parlamentar Luís Montenegro voltam hoje a disputar eleições diretas, numa inédita segunda volta em que podem votar 40.604 militantes com as quotas em dia.

Na primeira volta, realizada há uma semana, Rui Rio foi o candidato mais votado com 49,02% dos votos expressos (15.546 votos), seguido do antigo líder parlamentar do PSD, que obteve 41,42% do total (13.137). O vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais Miguel Pinto Luz ficou em terceiro, com 9,55% (3.030), e fora da segunda volta.

PD (SMA) // ACL

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