No mundo do motociclismo da Irlanda do Norte, poucas histórias são tão marcantes quanto a que liga a família Rea ao lendário Joey Dunlop. Esta narrativa familiar atravessa décadas e demonstra como as paixões desportivas se transmitem através das gerações.

John Rea, empresário do sector dos transportes, nutria uma profunda admiração pelo motociclismo de competição. Durante os anos 70, decidiu canalizar esta paixão para apoiar talentos emergentes da sua terra natal. Foi assim que conheceu Joey Dunlop, um jovem piloto cuja determinação e habilidade natural prometiam grandes feitos.

A parceria entre John Rea e Joey Dunlop materializou-se através da criação da equipa Rea Racing em 1975. Esta colaboração revelou-se extraordinariamente frutífera, permitindo a Dunlop aceder a máquinas competitivas que o ajudaram a desenvolver o seu talento excecional.

Os anos seguintes testemunharam o florescimento da carreira de Dunlop. As suas conquistas nas corridas de estrada tornaram-se lendárias: múltiplas vitórias na Ilha de Man, triunfos no North West 200 e no Ulster Grand Prix, estabelecendo-o como uma figura ímpar no panorama mundial das corridas de motos.

Dunlop destacou-se não apenas pela sua perícia nas pistas, mas também pelo seu carácter humanitário. As suas viagens à Europa Oriental, levando ajuda médica e apoio a comunidades carenciadas, revelaram um homem de valores sólidos que transcendiam o desporto.

Esta ligação familiar ao motociclismo perpetuou-se quando Jonathan Rea, neto de John, abraçou a mesma paixão. Inspirado tanto pelo legado familiar quanto pelo exemplo de Joey Dunlop, Jonathan trilhou o seu próprio caminho no motociclismo, alcançando posteriormente o estatuto de campeão mundial múltiplo em Superbike.