"São as autoridades policiais que têm de avaliar. Temos de respeitar as autoridades policiais", afirmou Ho Iat Seng, em declarações aos jornalistas à margem de uma receção comemorativa dos 20 anos da região Administrativa Especial de Macau (RAEM).

A segurança no território foi reforçada nos últimos dias por causa da presença em Macau do Presidente chinês, Xi Jinping, que presidiu às celebrações do 20.º aniversário da transferência de administração do território de Portugal para a China, em 20 de dezembro de 1999, e deu hoje posse ao Executivo liderado por Ho Iat Seng.

O apertado e inédito controlo das fronteiras de Macau realizado pelas autoridades locais e também pelas chinesas (na ponte que liga a Hong Kong e a Zhuhai) resultou em detenções e recusas de entrada no território a ativistas pró-democracia e a jornalistas.

De acordo com o South China Morning Post, um jornal de Hong Kong, pelo menos oito jornalistas, incluindo um daquele jornal, foram proibidos de entrar em Macau, mesmo já estando acreditados, com a justificação, por parte das autoridades, de que se "envolveriam em atividades que podiam comprometer a segurança e a ordem pública de Macau".

Questionado hoje sobre o mesmo assunto, o secretário para a Segurança, Wong Sio Chak, prometeu uma análise "caso a caso", sublinhando, sem pormenores, que as autoridades têm "o direito e o dever de manter a segurança de Macau".

O novo Governo de Macau, liderado por Ho Iat Seng, tomou hoje posse perante o Presidente da República Popular da China, Xi Jinping.

Trata-se do quinto Governo da Região Administrativa Especial de Macau (RAEM), que celebra hoje o seu 20.º aniversário, depois de em 20 de dezembro DE 1999 o território ter voltado à tutela da China, após mais de 400 anos de administração portuguesa.

A transferência da administração de Macau de Lisboa para Pequim, em 1999, foi feita sob a fórmula 'um país, dois sistemas', que garante ao território um elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário.

A fórmula aplica-se também à outra região da China com esta administração especial, Hong Kong, onde os últimos seis meses têm sido marcados por protestos contra o poder político.

FST (JMC) // MP

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