Francisco realizou hoje a audiência geral diante de dezenas de milhares de fiéis e agradeceu a Deus por permitir que "fizesse essa visita como peregrino de paz e esperança" e agradeceu a todos por terem recebido "com muito amor e carinho".

O Papa realizou uma viagem de 10 dias à África austral passando por Moçambique, Madagáscar e Ilhas Maurícias, tendo regressado na terça-feira.

Na sua viagem a Moçambique, explicou Francisco aos fiéis que hoje o ouviam na audiência geral na Praça de São Pedro, no Vaticano, o objetivo foi "plantar sementes de esperança, paz e reconciliação".

"Em Moçambique, fui lançar sementes de esperança, paz e reconciliação numa terra que sofreu tanto no passado recente devido a um longo conflito armado e que na primavera passada foi atingida por dois ciclones que causaram danos muito sérios. A Igreja continua a acompanhar o processo de paz, que deu um passo em frente no dia 01 de agosto, com um novo acordo entre as partes", declarou.

O Papa disse que nos encontros que teve incentivou os jovens a "construir o país, superando a resignação e a ansiedade, espalhando amizade social e construindo as tradições dos idosos".

Francisco destacou a sua visita ao centro da comunidade de Sant´ Egidio, em Zimpeto, que trata de pacientes com Sida e "onde, apesar de todos os que lá trabalham não terem o mesmo credo religioso - o diretor do hospital é muçulmano - o mais importante são os doentes".

De acordo com o censo geral da população moçambicana de 2017, a religião católica é seguida por 26% da população, o maior grupo, o Islão, representa 18%, a religião zione 15%, evangélicos/pentecostais 14% e anglicanos cerca de 1%.

Esta foi a segunda visita de um chefe da Igreja Católica a Moçambique, 30 anos depois de João Paulo II.

Relativamente a Madagáscar, o líder dos católicos disse desejar que o povo malgaxe "vencesse as adversidades e construísse um futuro mais justo e desenvolvido".

O Papa mencionou a visita à "Cidade da amizade" -- Akamasoa, o projeto social fundado pelo padre vicentino Pedro Opeka, onde proferiu uma oração pelos trabalhadores.

Sobre as ilhas Maurícias, o Papa explicou que existe "um forte diálogo inter-religioso" e ainda "amizade entre os líderes das várias denominações religiosas".

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