Segundo o despacho presidencial hoje publicado no Diário da República, e datado de 04 de outubro, o concurso público para estes projetos foi dividido em seis lotes, dos quais cinco foram atribuídos a empresas chinesas e um sexto a um consórcio que integra a portuguesa Mota-Engil.

O consórcio Omatapalo e Mota-Engil, que conta com uma participação de 50%, será responsável pela construção da barragem de Calacuve, orçada em 177 milhões de dólares (160,5 milhões de euros).

O grupo chinês Sinohydro Angola vai construir um sistema de captação no rio Cunene e dez chimpacas (pequeno lago artificial), no valor de 66 milhões de dólares (59,8 milhões de euros), dois canais adutores e outras 20 chimpacas estimados em 70 milhões de dólares (63,4) e a barragem de Ndúe, por 192 milhões de dólares (174,1).

O contrato de 63 milhões de dólares que vai ser celebrado com a China Road Bridge Corporation prevê a construção do canal adutor associado à barragem de Calucuve e 44 chimpacas.

A empresa chinesa de água Guangxi Hydroelectric Construction Bureau Angola (GHCB) vai construir o canal adutor associado à barragem Ndúe e 15 chimpacas, um investimento de 192 milhões de dólares.

No despacho, João Lourenço recorda que os recentes ciclos de seca nesta província do sul de Angola tiveram impacto negativo sobre os setores de subsistência primários e afetaram as atividade agrícola e pecuária e os recursos hídricos.

RCR // LFS

Lusa/fim