
"Esta embarcação foi encontrada em circunstância normais e a polícia notou-se que a tripulação estava muito agitada, tendo as autoridades efetuado a busca e notado que havia droga na embarcação", disse o porta-voz da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Cabo Delgado, Augusto Guta.
Segundo a polícia, os 13 tripulantes, de nacionalidade paquistanesa e com idades entre 20 e 70 anos, levavam na embarcação drogas como heroína e Ice e são suspeitos de pertencer a uma rede de tráfico internacional de heroína, um grupo que usava a costa moçambicana.
A droga era transportados numa embarcação que terá danificado o casco, após ficar encalhada ao largo da baía de Pemba.
Quando notou a aproximação da polícia, o grupo terá tentado destruir a embarcação para apagar evidências.
"Pelos documentos que traziam, mostram que se trata de estudantes paquistaneses, pelo menos na sua maioria, e neste momento estão sob custodia das forças de defesa e segurança", acrescentou a polícia.
Trata-se da segunda detenção de estrangeiros suspeitos de tráfico de drogas em Cabo Delgado, como resultado do trabalho do Serviço de Investigação Criminal de Moçambique em parceria com a Marinha de Guerra das Forças Armadas de Moçambique.
No dia 16 de dezembro, as autoridades intercetaram uma embarcação com 15 cidadãos estrangeiros que transportavam 1,5 toneladas de heroína, na costa da província de Cabo Delgado.
Segundo o porta-voz da Polícia moçambicana em Cabo Delgado, a embarcação apreendida na segunda-feira tem as mesmas características da que foi intercetada no dia 16 de dezembro, também na costa da província de Cabo Delgado.
Na ocasião, as autoridades detiveram 12 dos 15 cidadãos estrangeiros que seguiam na embarcação, sendo que os restantes são dados como desaparecidos.
Em setembro, o Gabinete das Nações Unidas contra a Droga e o Crime (UNODC) alertou que Moçambique se tornou um corredor de grandes volumes de substâncias ilícitas, principalmente, heroína, defendendo uma maior cooperação internacional para a prevenção desse mal.
"Após a melhoria das capacidades de aplicação da lei marítima pela vizinha Tanzânia e no Quénia, apreensões recentes sugerem que um grande volume de produtos ilícitos está a ser agora traficado por Moçambique", declarou, na altura, César Guedes, representante do UNODC no país.
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